Em discurso nesta terça-feira (23) no campus de Sorocaba, interior paulista, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Lula comparou o pós golpe de 2016 com o massacre promovido pelo governo sionista de Israel no território palestino na Faixa de Gaza.
Sem citar os nomes dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), Lula falou da terra arrasada encontrada por ele ao voltar ao governo em 2023, 13 anos após encerrar seu segundo mandato na Presidência.
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"Esse país, eu diria, o que eles fizeram depois do impeachment da Dilma [Roussef] é o que o [primeiro-ministro sionista Benjamin] Netanyahu está fazendo na Faixa de Gaza na Palestina", afirmou Lula, após comparar a situação do Brasil com o jogo pega-varetas em que, segundo ele, seria o "palitinho colocado embaixo".
Na sequência, Lula criticou o genocídio promovido pelo exército sionista, que já matou mais de 39 mil palestinos até esta segunda-feira (22), e falou do desmonte do Estado brasileiro, citando dados da educação, economia, saúde e até dos atletas que estarão representando o Brasil nas Olimpíadas de Paris.
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"Só para vocês terem ideia, o Mais Médicos que tinha mais de 20 mil médicos quando a Dilma foi 'impeachada', quando assumi a Presidência tinham só 12 mil médicos. Hoje já são 26 mil médicos", afirmou.
"Essa semana eu fui me despedir dos atletas que vão para as Olimpíadas. Eu criei um programa, chamado Bolsa Atleta em 2003 para ajudar as pessoas pobres que querem praticar esporte e não têm sequer um tênis", disse Lula, emendando que "70% das pessoas que estão em Paris são pessoas que recebem Bolsa-Atleta. E eles passaram 10 anos sem dar reajuste".
Assista a íntegra do discurso