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Você sabia que Pablo Marçal é investigado por tentativa de homicídio?

Coach de Goiás que quer ser prefeito de São Paulo carrega mais essa mancha em seu “currículo”. Polícia Civil paulista pediu mais 90 dias para conclusão do inquérito

O coach Pablo Marçal.Créditos: YouTube/Reprodução
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Pablo Marçal, o coach goiano que cismou que quer ser prefeito de São Paulo, assumidamente pré-candidato ao cargo, já foi condenado por integrar uma quadrilha que aplicava golpes em clientes de banco, já fez discurso desumano e repugnante culpando a família de pessoas que tiram a própria vida pela tragédia e é protagonista de mais um sem-fim de absurdos. Mas você possivelmente não sabe que ele é investigado pela Polícia Civil paulista por crime extremamente grave: tentativa de homicídio.

O episódio que resultou na acusação foi a tresloucada “expedição” liderada por Marçal, composta por 32 seguidores do coach, ao Pico dos Marins, no interior de São Paulo, em janeiro de 2022, ocasião em que o tempo fechou, um vendaval e uma tempestade se instalaram e os participantes ficaram sob risco de morte sem experiência, equipamentos e indumentária própria.

Um inquérito foi instaurado à época do fato e, em dezembro daquele ano, as autoridades encerraram o caso sob alegação de que não foi possível atribuir responsabilidade ao influencer que se diz multimilionário. Agora, mais de dois anos depois, e ainda sem conclusão, a investigação foi reaberta, a pedido do Ministério Público, que não aceitou os argumentos da Polícia Civil Paulista, que solicitou então mais 90 dias.

No caso de uma finalização que sinalize pelo indiciamento de Marçal, a decisão deve sair bem em meio ao período eleitoral, o que naturalmente será explorado por seus adversários, que não cansam de lembrar as atitudes e falas do sujeito que é um bolsonarista declarado, embora tenha sido preterido pelo ex-presidente e seu grupo político na escolha de um nome para o pleito municipal da maior cidade do Brasil.

O crime atribuído a ele é o de tentativa de homicídio, mas “privilegiado”, o que não é uma modalidade criminosa separa do crime de tentativa de homicídio, mas sim uma circunstância, ocorrida quando o agente a quem se imputa o ato ilegal age sob forte emoção ou é provocado fortemente pela vítima.