Pablo Marçal, o coach goiano que cismou que quer ser prefeito de São Paulo, assumidamente pré-candidato ao cargo, já foi condenado por integrar uma quadrilha que aplicava golpes em clientes de banco, já fez discurso desumano e repugnante culpando a família de pessoas que tiram a própria vida pela tragédia e é protagonista de mais um sem-fim de absurdos. Mas você possivelmente não sabe que ele é investigado pela Polícia Civil paulista por crime extremamente grave: tentativa de homicídio.
O episódio que resultou na acusação foi a tresloucada “expedição” liderada por Marçal, composta por 32 seguidores do coach, ao Pico dos Marins, no interior de São Paulo, em janeiro de 2022, ocasião em que o tempo fechou, um vendaval e uma tempestade se instalaram e os participantes ficaram sob risco de morte sem experiência, equipamentos e indumentária própria.
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Um inquérito foi instaurado à época do fato e, em dezembro daquele ano, as autoridades encerraram o caso sob alegação de que não foi possível atribuir responsabilidade ao influencer que se diz multimilionário. Agora, mais de dois anos depois, e ainda sem conclusão, a investigação foi reaberta, a pedido do Ministério Público, que não aceitou os argumentos da Polícia Civil Paulista, que solicitou então mais 90 dias.
No caso de uma finalização que sinalize pelo indiciamento de Marçal, a decisão deve sair bem em meio ao período eleitoral, o que naturalmente será explorado por seus adversários, que não cansam de lembrar as atitudes e falas do sujeito que é um bolsonarista declarado, embora tenha sido preterido pelo ex-presidente e seu grupo político na escolha de um nome para o pleito municipal da maior cidade do Brasil.
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O crime atribuído a ele é o de tentativa de homicídio, mas “privilegiado”, o que não é uma modalidade criminosa separa do crime de tentativa de homicídio, mas sim uma circunstância, ocorrida quando o agente a quem se imputa o ato ilegal age sob forte emoção ou é provocado fortemente pela vítima.