Presidente da Comissão de Educação, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) tenta tirar proveito político das negociações do governo Lula com o movimento grevista das universidades federais.
Adepto radical da privatização do ensino e crítico contumaz da "doutrinação" nas universidades públicas, o deputado foi às redes sociais nesta terça-feira (4) para divulgar um "requerimento para criação de Grupo de Trabalho na Comissão de Educação com o objetivo de debater a greve das Universidades e IFs no país".
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No entanto, Nikolas, que é bacharel em Direito pela Puc-Minas e nunca teve outra ocupação a não ser político profissional - com salários pagos com impostos de contribuintes -, cometeu um erro de concordância nominal na publicação na rede X, relacionada justamente ao plural de campus universitário.
"Já são quase 60 dias de greve, mais de 100 instituições paralisadas, atingindo um total de 400 campus em todo o país", escreveu o deputado, no singular.
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O plural de campus é campi. No entanto, deste 2012, o MEC permite a flexibilização usando também o termo câmpus, com acento circunflexo, para se fazer referência ao plural de campus - sem acento, no singular.
"A falta de diálogo do Governo Lula não é só com o Congresso Nacional, mas também com os profissionais da educação e alunos. É hora do Parlamento, sobretudo a Comissão de Educação articular e cooperar para que as demandas necessárias sejam atendidas e a greve se encerre", emendou o bolsonarista, ignorando as negociações conduzidas pelo Ministério de Gestão e Inovação em Serviço Público (MGI) do governo Lula.