É mais um capítulo inacreditável, mas é verdade. A Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (26) o título de cidadão paulistano para o pastor bolsonarista André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha. A honraria foi proposta pelo vereador Rinaldi Digilio (União), que também é pastor. Ele é o mesmo que tentou alugar por R$ 100 mil o Theatro Municipal de São Paulo no início do ano, para homenagear a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas foi impedido pela prefeitura.
Valadão coleciona polêmicas. No ano passado, virou notícia ao afirmar que Deus mataria homossexuais, se pudesse. “Agora, é hora de tomar as cordas de volta e falar ‘não, reseta’, aí Deus fala ‘não posso mais, já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que não posso, então agora tá com vocês.’”
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Em outra ocasião, o pastor postou que "Deus odeia o orgulho", ao fazer convocação para um culto em sua igreja. A palavra "orgulho" na postagem aparecia pintada com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+.
Filhos na faculdade
Na terça-feira (18), Valadão publicou nas redes um vídeo em que incentiva seus fiéis a não mandarem seus filhos para a faculdade. Segundo ele, as instituições de ensino superior podem “acabar com a vida” dos estudantes.
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“Não manda o seu filho para a faculdade. Vai vender picolé na garagem. ‘Ah, mas eu não criei meu filho para isso’. Você criou para quê? Para ele ir para o inferno? Criou sua filha para virar uma vagabunda, rodada, ou para ser uma mulher santa, digna, de família e cheia de Deus?”, disse sob aplausos. “Aí ela tem um diploma e é rodada, é doida”, emendou.
Dias depois, ele apareceu com os próprios filhos passeando na Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do mundo, nos Estados Unidos.
Perdão para estuprador
Já nesta semana, Valadão respondeu de maneira surpreendente em seu stories do Instagram, ao ser perguntado “o que diria como pastor pra um estuprador que se arrependeu?”
Ele não vacilou e disse que “não há malignidade, perversidade, que o amor de Deus não seja maior”.
“Eu diria pra ele que a grandeza da misericórdia de Jesus, a grandeza do amor de Jesus é infinitamente maior”, disse ele. “Que não há uma malignidade, não há uma perversidade nesse mundo que o amor de Deus não seja maior que aquilo ou aquela realidade. Jesus morreu por todos e aquele que genuinamente se arrepende pode receber a salvação”, encerrou.