Carlos Bolsonaro deve ser indiciado pela Polícia Federal no caso da 'Abin paralela', afirma a jornalista Tainá Falcão da CNN Brasil. Segundo a jornalista, o órgão já está preparando o inquérito, que deve ser entregue até agosto deste ano.
O vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é apontado como peça-chave no esquema que espionava diversos cidadãos brasileiros e possíveis inimigos políticos do regime bolsonarista.
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Alexandre Ramagem (PL-RJ) também deve ser indiciado no caso, mas a expectativa é que os casos sejam tratados com cautela para evitar impactos nas eleições municipais deste ano.
Carlos Bolsonaro e a "Abin paralela"
Em janeiro, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi alvo de operações de busca e apreensão da Polícia Federal que recolheram 3 notebooks, 11 computadores e 4 celulares em endereços ligados a ele.
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De acordo com a investigação, ele seria integrante do chamado “núcleo político” da organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para praticar espionagem ilegal de cidadãos brasileiros.
Diversas figuras teriam sido espionadas, como Camilo Santana, Otto Alencar, Omar Aziz, Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues, Rogério Carvalho, Humberto Costa, João Dória, Luis Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Roberto Bertholdo e Rodrigo Maia.
Aliados de Bolsonaro, como os generais Heleno e Santos Cruz, além de outras figuras públicas do bolsonarismo, como Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, também estariam entre os espionados.
Além de Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem, o general Augusto Heleno também foi investigado no âmbito da operação sobre a Abin Paralela e teve de prestar inquérito por ser o superior do Gabinete de Segurança Institucional, órgão que abrigava a agência.