Uma das signatárias do polêmico e nefasto PL do Estupro se arrependeu e pediu para a Mesa Diretora da Câmara retirar seu nome do projeto. Trata-se da deputada federal, integrante da bancada evangélica, Renilce Nicodemos (MDB-PA).
A parlamentar alega que tinha entendido que o texto daria mais proteção às mulheres. Porém, depois, chegou à conclusão de que “favorece agressores e estupradores”.
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Renilce já foi deputada estadual pelo Pará e hoje é suplente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara.
Antes de ser eleita para o legislativo paraense, ela já havia trabalhado como secretária de Esporte e Lazer (2014-2018), além de ter sido diretora financeira da mesma pasta (2013-2014).
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A deputada evangélica também foi vice-presidente do diretório regional do Solidariedade em Belém (PA) e presidente do diretório municipal do MDB em Marapanim (PA), sua cidade natal.
Renilce acusou, recentemente, o ex-deputado Wladimir Costa (Solidariedade-PA) de expor sua vida íntima nas redes sociais. Ele, inclusive, chegou a ser preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) em abril de 2024, enquanto estava no Aeroporto Internacional de Belém.
A parlamentar diz ser contra o aborto, exceto nos casos previstos em lei, mas afirma ter, enfim, percebido que o projeto não está “de acordo” com sua forma de pensar e defender mulheres e crianças.
Apesar de ter assinado, ela diz ter mudado ao se aprofundar no texto
“Antes, eu tinha entendido que era um projeto que daria benefícios e proteção às mulheres. Mas fui me aprofundar e vi que no texto tem uns parágrafos que diz que a mulher terá pena maior do que o próprio estuprador”, declarou Renilce, em entrevista à Folha de S.Paulo.
“Preferi fazer a retirada da assinatura porque tenho certeza absoluta que esse projeto não irá favorecer nem as mulheres nem as nossas crianças, somente esses agressores e estupradores. Sou contra o projeto”, apontou.