Um monitoramento de redes sociais realizado pelo instituto de pesquisas Quaest, que analisou 1, 14 milhão de postagens nos últimos três dias (12, 13 e 14 de junho), por encomenda do programa Estúdio i, da GloboNews, mostrou aquilo que, por percepção natural, já estava claro em relação ao PL 1904, chamado por internautas de “PL do Estupro”: a imensa maioria dos brasileiros é contrária ao projeto que pretende criminalizar ainda mais as mulheres vítimas de estupro que optem por realizar um aborto com mais de 22 semanas de gestação.
Segundo o levantamento, uma média de 52% dos usuários das redes sociais se mostrou contra o Projeto de Lei, enquanto apenas 15% na média estão de acordo com o projeto patrocinado no Congresso Nacional pela bancada evangélica e outros setores do bolsonarismo. Junto com esses números estão as pessoas que se mantiveram neutras em relação ao assunto, que representam 33% na sondagem.
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Pelos dados coletados, o ponto máximo da mobilização contra o PL do Estupro foi na quinta-feira (13), quando pelo menos 700 mil postagens nesse sentido. A análise dos números explica que não é possível dizer se esse ritmo caiu nesta sexta (14), uma vez que o monitoramento foi encerrado às 13h30.
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Já na análise dos termos utilizados pelos internautas, as palavras “estupro” e “crianças” foram as que mais se destacavam, uma vez que as estatísticas mostram que imensa maioria das brasileiras estupradas é formada por crianças e elas acabariam sendo as mais atingidas pela supercriminalização imposta pela medida encabeçada pelo fundamentalismo religioso presente no Congresso.
O monitoramento da Quaest foi feito nas redes Facebook, Instagram e X e se contadas as reações totais (excluindo apenas as postagens), entre curtidas, compartilhamentos e comentários, essas ações chegaram a 5,1 milhões.