A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta nacional do PT, usou as redes sociais na tarde desta quinta-feira (13) para rebater os editoriais da Folha e de O Globo que embarcaram numa cruzada contra a política econômica do Governo Lula em clara defesa de interesses do mercado financeiro e dos seus rentistas. Entre outros pontos, os artigos pediam cortes na saúde, na educação e até mesmo no salário mínimo.
O motim se formou em torno da decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de devolver trechos da Medida Provisória 1227/24, que impunha restrições à compensação de créditos das contribuições ao Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não tem Plano B para compensar a arrecadação e denunciou a preocupação do governo "porque identificamos fraudes nas compensações de PIS/Cofins. Então, vamos ter de construir também uma alternativa para o combate às fraudes". Estratégia do governo para aumentar a arrecadação - e cumprir o chamado arcabouço fiscal, imposto pelo sistema financeiro - a devolução da MP causou alvoroço na burguesia.
Nesta quinta-feira (13) e em meio a esse contexto, Globo, Folha e Estadão se uniram ao coro golpista que parte da Faria Lima, de ruralistas e de seus representantes no Congresso Nacional, o chamado ‘centrão’, capitaneados por Arthur Lira (PP-AL) em estreita relação com Jair Bolsonaro (PL).
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“Hoje é o editorial do jornal O Globo, circundado pelo da Folha, que exige cortes na Saúde, Educação e Previdência, para, na visão deles, equilibrar as contas públicas. Mais uma vez, nenhuma linha sobre os privilégios de quem não paga impostos ou paga muito menos do que deveria. Ao contrário, festejam a devolução da MP que corrigia as distorções do PIS/Cofins e provocam um rombo bilionário nas despesas. E nenhuma palavra também sobre os juros escorchantes que travam o crescimento e, portanto, a arrecadação de impostos. É só cortar, cortar, cortar... Como diz o economista Marcelo Medeiros, especialista na questão da desigualdade, essa turma sabe que ‘é mais fácil tirar dinheiro de pobre do que tirar dinheiro de rico’. Lula foi eleito para inverter essa lógica perversa, mas a mídia e os setores que ela representa se revoltam com a simples possibilidade de ter de pagar os impostos que devem”, escreveu Gleisi.
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