Ricardo Nunes (MDB), prefeito da cidade de São Paulo, confirmou nesta quarta-feira (12) que terá um almoço com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), na sexta (14), para definir o nome do vice da chapa em que tentará a reeleição. O bolsonarista coronel Ricardo Mello Araújo é o favorito e tem recebido constantes afagos de Nunes.
Mesmo enfrentando a reprovação por parte de partidos aliados de Nunes como PP e União Brasil, o ex-comandante da Rota é a indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, presidente de honra do PL, legenda que reivindica o direito de escolher o vice.
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O prefeito da capital repetia há meses que não tinha pressa para anunciar o seu vice e que a decisão ficaria só para as convenções partidárias – marcadas para o fim de julho. Mas tudo mudou nos últimos dias, após Nunes ser pressionado publicamente pelos seus dois principais cabos eleitorais. A confirmação do nome de Mello deverá acontecer até o final da próxima semana, de acordo com integrantes do MDB.
Além de ex-comandante da Rota, o coronel Mello foi indicado por Bolsonaro para comandar a Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) de outubro de 2020 até janeiro de 2023.
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"Nos últimos dias o nome do coronel Mello foi gerando mais forças. Estou recebendo agora mensagens de pessoas que são do Ceagesp e têm me mandado vídeos e falado que ele acabou com a corrupção lá", afirmou o prefeito ao elogiar o trabalho do policial.
Uma ala do PP não esconde o descontentamento com a possível indicação do ex-comandante da Rota. O próprio prefeito reconhece a insatisfação dos aliados. "Já vi alguns deputados do PP dizendo que não aceitam, ou que não gostariam que fosse o coronel Mello", contou Nunes.
O União Brasil é outro partido a rejeitar a indicação do policial bolsonarista. Aliado do prefeito, o presidente da sigla em São Paulo, o vereador Milton Leite, reafirmou na terça (11) que a legenda não jogou a toalha e que vai disputar a indicação para a vaga de vice na chapa de Nunes.
*Júlio Costa Barros é jornalista.