A nova joia encontrada pela Polícia Federal (PF) nos EUA, que teria sido furtada do acervo presidencial, robustece ainda mais o inquérito que deve indiciar Jair Bolsonaro (PL) como comandante da organização criminosa que conduziu a negociação milionária dos itens pertencentes à União nos EUA.
"Tecnicamente falando, isso robustece a investigação que se tem feito", disse o diretor da PF, Andrei Rodrigues, em café da manhã com jornalistas.
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"A nossa diligência localizou que, além dessas joias que já sabíamos que existiam, houve negociação de outra joia que não estava no foco dessa investigação. Não sei se ela já foi vendida ou não foi. Mas houve o encontro de um novo bem vendido ou tentado ser vendido no exterior", explicou o diretor da PF.
A investigação encontra-se no estágio final e deve resultar no indiciamento de Bolsonaro por peculato, com pena de 2 a 12 anos de prisão e multa.
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Caso a sentença seja superior a 8 anos, Bolsonaro terá que cumprir pena em regima fechado - ou seja, na cadeia.
PF: Bolsonaro furtou joias e deu aval para venda nos EUA
A conclusão pela Polícia Federal (PF) das investigações sobre as joias e a carteira de vacinação aumentou a fervura na horda de apoiadores de Jair Bolsonaro, que terá o indiciamento pedido pelos investigadores nos dois casos - cabendo ao Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, a abertura ou não de processos criminais contra a organização criminosa capitaneada pelo ex-presidente.
Após incursão nos EUA, a PF vai incluir no relatório provas contundentes de que Bolsonaro sabia do furto das joias do acervo da presidência e deu aval para a venda dos objetos nos EUA.
As joias foram surrupiadas pelo ex-presidente e levadas no avião durante a fuga de Bolsonaro para os EUA às vésperas da posse de Lula, em dezembro de 2023. Lá, coube ao general Mauro Lourena Cid, pai do tenente coronel Mauro Cid, iniciar as negociatas para levantar valores milionários com a venda dos presentes.
Nos EUA, os investigadores conseguiram imagens e entrevistas que provam que Bolsonaro sabia que a venda das joias era ilegal - e deu aval à negociata mesmo assim. Além disso, as operações de recompra dos objetos, que envolveu, entre outros, o advogado Frederick Wassef, foram detalhadas e mostram que a quadrilha sabia da ilegalidade da operação.