O presidente Lula viaja nesta semana para Genebra, na Suíça, onde participa da conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O evento começou em 3 de junho e termina no dia 14. Na sequência, vai fazer parte da reunião de líderes das sete maiores economias do mundo, a Cúpula do G7, que ocorre entre 13 e 15 de junho.
Na Suíça, junto com o diretor-geral da OIT, Gilbert Houngb, o presidente deve discutir questões temáticas relacionadas à justiça social e aos objetivos da Coligação Global para a Justiça Social, lançada em 2023 e que conta com mais de 250 membros, incluindo governos, organizações de trabalhadores e empregadores, instituições multilaterais e financeiras.
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Em Borgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália, Lula participa da Cúpula do G7, a convite da primeira-ministra do país, Giorgia Meloni. O grupo é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Essa é a oitava vez que Lula participa da reunião, a última foi no ano passado, na cúpula realizada em Hiroshima, no Japão. Com pouco menos de um ano e meio de mandato, o presidente teve agendas bilaterais com 64 lideranças de outros países, mais do que o dobro que seu antecessor em todo o seu mandato.
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A agenda no G7
Na pauta da reunião do G7, de acordo com o governo, Lula deve defender a agenda estabelecida pelo Brasil no G20, com pontos como a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza; o enfrentamento das mudanças climáticas e a prioridade na transição energética, além da promoção do desenvolvimento sustentável e a reforma das instituições de governança global.
A proposta de uma tributação internacional de 2% sobre o patrimônio de cerca de 3 mil bilionários pelo mundo, que foi apresentada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad na reunião dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20, realizada em São Paulo, também deve fazer parte das discussões.
Representando o governo brasileiro, o ministro tem defendido a ideia em diversos fóruns internacionais, como em uma reunião realizada no Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril. “Cada país pode fazer muito por si próprio. É exatamente isso que estamos construindo no Brasil com a Reforma Tributária. Entretanto, sem cooperação internacional, há um limite para atuação dos estados nacionais. Sem cooperação, aqueles no topo continuarão a evadir nossos sistemas tributários”, disse na ocasião.
Na semana passada, Haddad se encontrou com o ministro de Economia e Finanças italiano, Giancarlo Giorgetti, para falar a respeito do tributo, cujos recursos seriam destinados a iniciativas de combate à fome e às mudanças climáticas. A ideia já tem acenos positivos de França, Espanha e Alemanha, mas ainda não conta com a adesão dos Estados Unidos.