O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a criticar, nesta quarta-feira (8), em sessão da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, a política de cotas. Desta vez ele citou uma proposta da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, de priorizar nas emergências no Rio Grande do Sul a famílias ciganas, quilombolas e de terreiros para ações emergenciais no Sul.
Com a sua habitual grosseria, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou a proposta, além de soltar palavrões:
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"É isso que a gente quer para a sociedade? Como se a tragédia tivesse escolhido cor da pele. Nesse caso do Rio Grande do Sul nem a condição social, porque pega todo mundo. Imagina quem é branco e pobre nesse país agora. Que se foda, é isso?", disse.
Após o palavrão, o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), pediu a retirada da expressão das notas taquigráficas da sessão.
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Aula sobre cotas
Imediatamente, o senador Fabiano Contarato (PT) reagiu, pediu a palavra e deu uma aula sobre o tema, além de mandar o senador “estudar história”.
"Quando a ministra faz isso é porque se todo mundo é prioridade, ninguém é prioridade. É simples assim. Dentro desse crime ambiental que temos, temos sim um racismo ambiental", disse.
"Quem é primeiro atingido vai ser a população que mais sofre. Não que os brancos não sofram. Não tenho dúvidas. Mas tem que ter uma prioridade diante de quem mais sofre", disse Contarato e ainda acrescentou: "É a realidade desse país desigual. É racismo estrutural. Vai estudar história".
Veja o vídeo abaixo: