A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandou suspender a venda, distribuição e uso de lotes de todas as versões do detergente Ypê, da empresa Química Amparo. A desconfiança da agência é que o produto cause “potencial risco de contaminação microbiológica”.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
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Doações de campanha feitas pela família controladora da marca Ypê ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, geraram críticas e manifestações de apoio à marca nas redes sociais.
Três membros da família Beira, que integram o conselho de sócios da Ypê, doaram quantias à campanha do então candidato à reeleição de Bolsonaro. As doações, segundo o portal da transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somam R$ 1 milhão.
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O maior doador dos três foi Jorge Eduardo Beira, vice-presidente de operações da empresa, doou a maior quantia, que entregou R$ 500 mil à campanha. Ele é a 15ª pessoa física que mais transferiu dinheiro a Bolsonaro.
Waldir Beira Júnior, presidente do conselho, e Ana Maria Beira, integrante dos conselhos de sócios e administração, doaram R$ 250 mil cada um, totalizando R$ 1 milhão de toda a família.
Os lotes retidos
Foram retidos pela agência todos os lotes com data de fabricação nos meses de julho, agosto, setembro, novembro e dezembro de 2022 e que tenham um final “1” ou “3”.
A Química Amparo, responsável pelo produto, explicou que os lotes foram detectados pelo controle de qualidade da empresa, que comunicou à Anvisa.
"Após uma rigorosa análise interna identificou-se, em alguns lotes específicos, a possibilidade de descaracterização em seu odor tradicional, sem risco à saúde ou segurança do consumidor, porém, em alguns casos perceptível ao olfato", disse em nota.
A empresa destacou ainda que apenas os lotes específicos apontados no decreto tiveram a comercialização proibida, não havendo restrições para os demais disponíveis para a compra.