Na sexta-feira (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a soltura do tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
O delator deve ser liberado em algumas horas da cadeia do Exército, em Brasília, onde ficou detido desde o início de março.
Te podría interesar
Ele voltou para a cadeia no início do ano após a divulgação de um áudio atacando o ministro do Supremo e a Polícia Federal. Segundo a decisão de Moraes, após "informações complementares sobre os áudios divulgados", Cid poderá voltar a responder em liberdade.
O militar foi preso em maio do ano passado e liberado após fechar uma delação premiada no inquérito que averigua uma tentativa de golpe pelo ex-chefe de Cid, Bolsonaro.
Te podría interesar
No entanto, o acordo do militar quase foi prejudicado depois que o tenente-coronel disse em um áudio vazado que os policiais federais "não aceitavam e discutiam que a minha versão não era verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo. Eles já estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade”.
Agora, o tenente-coronel volta a responder em liberdade. Recentemente, Cid deu mais detalhes sobre a venda das joias de Bolsonaro nos EUA, em um depoimento à Polícia Federal em conjunto com o FBI.
Segundo o UOL, a decisão de Moraes afirma que "nessas circunstâncias, reduziu-se a percepção de risco para a instrução criminal e para a aplicação da lei penal. A pretensão de revogação da custódia cautelar parece reunir suficientes razões práticas e jurídicas, merecendo acolhimento sem embargo de serem retomadas integralmente as medidas cautelares diversas da prisão anteriormente impostas ao investigado".