A deputada federal Célia Xabriaká (PSOL-MG) anunciou, nesta terça-feira (21), que fará parte da comissão externa da Câmara dos Deputados criada para investigar a crise humanitária do povo Yanomami após negociações com o presidente Arthur Lira (PP-AL).
A comissão foi criada há uma semana e Lira elencou apenas deputados bolsonaristas e pró-garimpo para investigar, justamente, a atuação do garimpo ilegal na terra indígena, que resulta em destruição não só do meio ambiente mas também em uma série de violências contra a comunidade.
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A postura de Lira foi criticada por uma série de políticos da causa indígena e do meio ambiente, além de entidades indígenas. A própria deputada Célia Xabriaká afirmou que a composição da comissão era um "escárnio" e uma "versão de Lira para a raposa cuidando do galinheiro".
De acordo com a parlamentar, a sua participação foi aprovada após negociações da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), líder do partido na Câmara.
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"Era incoerente, eu, uma parlamentar indígena, não fazer parte dessa comissão que diz se preocupar com a condição dos Yanomami [...] Essa mesma comissão, formada por bolsonaristas que votou toda ela a favor do marco temporal dizer agora que está preocupada com a questão yanomami é contraditório! Tem que ter os dois lados. Que escolham outra pauta para confrontar o governo Lula", publicou Célia no X (antigo Twitter).
Deputados elencados para a comissão
A comissão anunciada por Arthur Lira na última terça-feira (14) tinha a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) como coordenadora e mais 14 deputados:
- Silvia Waiãpi (PL-AP)
- Abilio Brunini (PL-MT)
- Capitão Alberto Neto (PL-AM)
- Coronel Assis (União-MT)
- Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
- Cristiane Lopes (União-RO)
- Dr. Fernando Máximo (União-RO)
- Gabriel Mota (Republicanos-RR)
- Gisela Simona (União-MT)
- José Medeiros (PL-MT)
- Lucio Mosquini (MDB-RO)
- Nicoletti (União-RR)
- Pastor Diniz (União-RR)
- Silvia Cristina (PL-RO)