O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), divulgou vídeo nesta quarta-feira (15), tentando consertar sua fala desastrosa sobre as doações ao estado por conta das enchentes.
“Em nenhum momento eu tive a menor intenção de inibir ou desprezar as inúmeras doações que o Brasil e o mundo estão fazendo pra ajudar nosso Rio Grande nessa reconstrução”, disse. O governador voltou atrás e disse também que “o impacto no comércio local vai ser preocupação para outro momento”.
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Ao final, ele fez um apelo desesperado: “por favor, compreendam. As últimas semanas têm sido brutais pra todos nós. Ninguém tá livre de errar. Portanto, o meu mais sincero pedido de desculpas pela confusão que possa ter causado no entendimento de algumas pessoas”, encerrou.
Veja o vídeo abaixo:
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Entenda o caso
Em entrevista à BandNews, Eduardo Leite disse ter medo de que o grande volume de doações ao Estado cause "impacto" no comércio local, desconsiderando que boa parte dos estabelecimentos está sob as águas e que cidades inteiras foram devastadas pela tragédia climática no Rio Grande do Sul.
“Quando você tem um volume tão grande de doações físicas chegando ao Estado, há um receio, pelo que já observamos em outras situações, sobre o impacto que isso terá no comércio local. Quando você tem uma cidade que foi impactada, um comércio local que foi impactado também, o reerguimento desse comércio fica impactado na medida que você tem uma série de itens que estão vindo de outros lugares do país”, disse o governador tucano.
Veja abaixo:
Críticas e reações
Por conta da frase, Leite foi muito criticado. A prefeitura de Canoas divulgou logo a seguir nota em que pede reforço no envio de alimentos para a cidade, que está recebendo desabrigados de toda a região metropolitana de Porto Alegre.
"A Prefeitura de Canoas, necessita, com urgência, da doação de alimentos não perecíveis e cestas básicas para ajudar as famílias atingidas pelas enchentes e as que estão abrigando outras pessoas em suas casas. Neste momento, é preciso reforçar o estoque com itens como arroz, feijão, macarrão, óleo, extrato de tomate, bolachas, açúcar, entre outros", diz o texto publicado no site da administração do município.