MENEDÉKRE VAN SZUKSÉGEM

PGR não teria pedido prisão de Bolsonaro a Alexandre de Moraes, informa CNN

O parecer da PGR se refere ao episódio em que o ex-presidente se refugiou por dois dias na embaixada da Hungria em Brasília

Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria.Créditos: NYT/Reprodução
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De acordo com informações da CNN Brasil divulgadas neste sábado (6), a Procuradoria-Geral da República emitiu um parecer ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na última sexta-feira (5), a respeito da fuga de Jair Bolsonaro (PL) à embaixada da Hungria em Brasília durante o último Carnaval. Segundo interlocutores de Paulo Gonet, o procurador-geral, não foi pedida a prisão do ex-presidente.

Os interlocutores da emissora apontam que Gonet não entendeu que a visita de Bolsonaro à embaixada húngara tenha caracterizado uma tentativa de fuga. Entre as razões para a interpretação, estaria o fato de que o ex-presidente está com os passaportes apreendidos.

E foi logo depois de perder os documentos para a Polícia Federal que ele passou dois dias na representação diplomática durante o último Carnaval. A “estadia” foi revelada dias depois, em 25 de março, pelo jornal The New York Times. Graças à colaboração de funcionários da embaixada, o jornal obteve imagens de câmeras de segurança em que Bolsonaro aparece entrando no local ao lado de Miklos Tamás Hamal, o embaixador.

Dias antes, Bolsonaro teve os passaportes apreendidos como medida cautelar contra uma possível fuga do Brasil, uma vez que o ex-chefe de Estado é o alvo central do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado perpetrada pelo antigo governo entre o final de 2022 e o começo de 2023, após a derrota do radical para o presidente Lula (PT).

Por essa razão, o campo democrático diverge de Gonet e acredita que se trate de uma fuga para evitar sua prisão, dias após a apreensão dos passaportes e das prisões de dois de seus mais próximos assessores. O debate, agora no Poder Judiciário, sobre a ida de Bolsonaro à embaixada gira em torno confirmação se o episódio indica uma possível fuga do investigado, ou não.

A Hungria, um país do Leste Europeu que integra a União Europeia, é governado há alguns anos pelo radical de extrema direita Viktor Orbán, declarado aliado de Jair Bolsonaro em suas agendas extremistas e ultrarreacionárias. Os dois se encontraram algumas vezes, entre abraços e sorrisos, no período em que o ex-capitão do Exército era presidente.