A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), rebateu as críticas do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ao governo Lula.
Hoffmann usou as redes sociais nesta terça-feira (30) para responder à fala de Campos Neto durante um evento no Insper, instituição de ensino superior sediada em São Paulo (SP).
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"Não satisfeito em submeter o país à maior taxa de juros do planeta, Campos Neto agora quer dar lição ao governo que ele sabota. Diz que há ministros demais, como se não fosse ele o que está sobrando, porque foi nomeado pelo ex-presidente que perdeu a eleição. E acha que tem autoridade para falar sobre política digital. Só se for porque mantém a taxa Selic em absurdos dois dígitos, um crime contra o Brasil. Quanto mais se aproxima o fim de seu mandato, mais irresponsável fica, assumindo que é um político, e aposta contra o país", respondeu Hoffmann.
Entenda a treta
Em evento promovido pela entidade, Campos Neto criticou a falta de avanço da digitalização do governo brasileiro e destacou a ausência de um ministro dedicado exclusivamente ao tema no governo Lula.
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"Com a digitalização, podemos realizar muitas coisas. Às vezes me perguntam: o que você acha estranho [no Brasil]? Por exemplo, temos muitos ministros, mas nenhum deles está focado na área digital. Quem está encarregado de digitalizar os programas do governo? Criamos o gov.br, uma inovação", afirmou Campos Neto durante um evento do Insper, em São Paulo.
Atualmente, o governo Lula conta com 38 ministérios em seu terceiro mandato, incluindo a recém-criada pasta do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Em dezembro passado, o presidente defendeu a ampliação do número de ministros para lidar com os diversos assuntos do país.
Relação turbulenta
Não é de hoje que Hoffmann detona falas e ações de Campos Neto. Em dezembro do ano passado, por exemplo, ela detonou o presidente do BC e os bancos privados em um vídeo que faz parte de uma campanha contra o fim da compra parcelada sem juros no cartão de crédito.
Na abertura da inserção, a deputada afirma que "existe uma forte pressão dos grandes bancos privados, com o apoio do presidente do Banco Central, Campos Neto, para acabar com as compras parceladas sem juros no cartão de crédito ou limitá-las a apenas três vezes".
"Com altos juros e lucros enormes, ainda querem prejudicar o povo com essa ideia esdrúxula e cruel. Como o brasileiro mais pobre vai conseguir comprar? Isso só vai atrapalhar a economia e limitar o poder de compra da população", criticou.
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