Nesta terça-feira (2) a ministra Anielle Franco se tornará oficialmente membro do Partido dos Trabalhadores (PT) em uma cerimônia que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Rosângela da Silva. Anielle é considerada uma forte candidata para vice-líder na chapa liderada pelo atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que está concorrendo à reeleição pelo Partido Social Democrático (PSD).
A filiação de Anielle Franco ao PT aumenta a disputa pelo cargo de vice-prefeita na chapa de Paes. No entanto, mesmo com esforços para confirmar Anielle como indicada, existem discordâncias dentro do PT e do PSD sobre sua nomeação. A adesão da ministra da Igualdade Racial ao PT é vista como uma tática para fortalecer a presença do partido no cenário político do Rio de Janeiro, considerando sua conexão familiar com a vereadora Marielle Franco, que foi tragicamente assassinada em 2018.
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Anielle é conhecida por sua atuação no Ministério da Igualdade Racial e emerge como uma personalidade de destaque para vários grupos partidários. A ministra, no entanto, tem se mantido reservada diante das conjecturas sobre sua potencial candidatura à vice-prefeitura, reiterando seu compromisso com o empoderamento das pessoas negras e das periferias no processo eleitoral. A cerimônia de filiação da ministra ocorrerá às 18h no Circo Voador, situado na Lapa, no centro do Rio de Janeiro.
De acordo com o perfil da ministra nas redes sociais, a chegada ao PT “é o resultado de uma trajetória de luta, indignação e esperança. A transformação do luto em luta é parte da história de tantas e tantos nós”, escreve ela, que afirma hoje ser “mais uma etapa contínua nessa luta, alinhada aos princípios, valores e agenda do maior partido de esquerda da América Latina.”
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Ainda que Paes esteja contando com o suporte de Lula na corrida eleitoral, a decisão sobre quem será o vice-prefeito em sua chapa permanece indefinida. Setores apoiam a ideia de uma chapa sem alianças externas, chamada de “puro-sangue”, sustentando que, se Paes for reeleito, ele será o candidato do PSD para o governo estadual. Nesse cenário, o vice-prefeito eleito em 2024 assumiria a prefeitura dois anos depois. Para esses membros do PSD, ganhar a eleição e passar o controle do Rio para um partido diferente não seria uma opção.
Outros nomes considerados para compor uma chapa única com Paes incluem o deputado federal Pedro Paulo, que também é presidente estadual do PSD; Daniel Soranz, secretário de Saúde e deputado federal licenciado; e Claudio Caiado, deputado estadual.