A equipe da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou pelas redes sociais que a extremista bolsonarista se afastou das suas atividades parlamentares por "questões de saúde".
A nota foi divulgada na noite desta quinta-feira (7), duas horas depois que a parlamentar divulgou uma publicação na rede X em que diz que a "possibilidade de impeachment causa pânico em lulistas".
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Articuladora do pedido surreal de impedimento, que tem como justificativa a declração de Lula sobre o genocídio provocado por Israel em Gaza, Carla Zambelli acredita que com a colega Carol de Toni (PL-SC) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, o impeachment possa ir adiante.
"O desgoverno de lula entrou em desespero com a vitória da oposição na presidência da CCJ, que Carol De Toni, do nosso partido PL, assumirá neste ano! É na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara onde tem início a admissibilidade do processo de impeachment", escreveu, horas antes de informar sobre seu afastamento.
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No segundo semestre do ano passado, Carla Zambelli foi internada em Brasília em decorrência de uma diverticulite aguda, inflamação ou infecção no intestino. A deputada ficou cinco dias internada para tratar o seu quadro clínico.
Bolsonarista
Ré em processo de perseguição armada contra um jornalista negro na véspera do segundo turno das eleições de 2022, a deputada tentou organizar, sem sucesso, um ato "nacional nas capitais contra o aborto e impeachment já".
A estratégia é idêntica a de seu mentor político, Jair Bolsonaro (PL), que diante do avanço das investigações sobre a organização criminosa golpista comandada por ele, organizou juntamente com o pastor Silas Malafaia o ato na avenida Paulista.
Carla Zambelli foi indiciada com Walter Delgatti por inserir documentos falsos no sistema judiciário. O mais famoso foi a ordem de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes com uma assinatura falsa do próprio, ordenada pela parlamentar, segundo Delgatti.
O relatório da PF agora vai para as mãos da Procuradoria-Geral da República, que avaliará se a parlamentar de extrema direita será denunciada ao Supremo Tribunal Federal. O relator da investigação é Alexandre de Moraes.
Na época das investigações, Delgatti relatou ter recebido R$ 40 mil de Zambelli para promover o atentado hacker.