NA MIRA DA JUSTIÇA

VÍDEO: Carla Zambelli é intimada pelo STF no meio do plenário da Câmara e tem reação bizarra

Oficial de Justiça já havia tentado intimar deputada em sua residência e gabinete; sem sucesso, foi até a Câmara para encontrá-la

Carla Zambelli é intimada pelo STF no meio do plenário da Câmara.Créditos: Reprodução
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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi intimada por um oficial de Justiça, representando o Supremo Tribunal Federal (STF), no meio do plenário da Câmara na noite desta quarta-feira (21). 

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A Justiça já havia tentado intimar Zambelli em sua residência e gabinete, mas não obteve sucesso. Teve, então, que interromper a deputada durante uma votação na casa legislativa.

A intimação é para que a bolsonarista apresente sua defesa no âmbito do inquérito em que é ré por perseguição armada e porte ilegal de arma de fogo. Zambelli se tornou alvo do STF por ter perseguido um homem negro com arma em punho, no meio da rua em São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição presidencial de 2022. 

A reação de Carla Zambelli ao receber a intimação foi bizarra. Ela sugeriu que foi intimada pelo fato de ter anunciado um pedido de impeachment - sem qualquer base jurídica - contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Veja vídeo 

Carla Zambelli ré

Em novembro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) como ré pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com o emprego de arma de fogo. A votação ocorreu em plenário virtual, com seis dos dez ministros rejeitando o recurso apresentado pela defesa da parlamentar bolsonarista para interromper a ação penal. 

O processo teve início após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar Zambelli devido ao fatídico episódio ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, quando, próximo a um ato pró-Lula nas imediações da avenida Paulista, em São Paulo, a deputada sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo. 

A defesa da extremista, representada pelo advogado Daniel Bialski, havia recorrido alegando a inexistência de atitudes criminosas e dizendo que o porte de arma de Zambelli estaria regular.

O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, sustentou a rejeição do recurso, destacando que a existência do porte de arma, nas circunstâncias descritas, não exclui a possibilidade da configuração do delito. Caso, na ação penal, Zambelli seja condenada, a deputada pode pegar até 4 anos de prisão. 

Relembre o caso 

No dia 29 de outubro, enquanto acontecia uma caminhada da campanha de Lula (PT) e Fernando Haddad (PT) na avenida Paulista, Carla Zambelli estava nas imediações quando sacou uma pistola no meio da rua e partiu para cima de um homem negro e outras pessoas, após uma discussão política. 

Ela chegou a simular um empurrão do homem com quem discutia - o que não aconteceu - e, após o ocorrido, afirmou que não respeitaria decisões do STF e TSE. 

Parlamentares se articularam e entraram com ações tanto na Justiça