Com o novo problema arranjado por Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias, surgido com a revelação feita pelo jornal norte-americano The New York Times de que o ex-presidente se refugiou por dois dias na embaixada da Hungria, para evitar uma possível prisão preventiva, o assunto em pauta na sociedade brasileira é: quando, afinal de contas, o líder de extrema direita deve ir para a cadeia?
A menos que efetivamente a tal prisão preventiva se concretize, diante de alguma nova investida de Bolsonaro contra o sistema judicial e as investigações em curso, o momento de sua detenção e encaminhamento para o cárcere será apenas quando sua condenação pelo STF acontecer. Ok, mas você pode se questionar: e quando deve ser isso?
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De acordo com fontes que atuam no inquérito que Bolsonaro é investigado pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e associação criminosa, uma cronologia para os próximos atos já está estabelecida e prevê, para começo de conversa, a finalização do relatório que o indiciará. A data esperada é o mês de julho.
Depois disso, a expectativa é de que ele seja denunciado pela Procuradoria-Geral da República num período curto de duas a quatro semanas, no máximo. Estamos falando de meados de agosto. A partir daí, em pouquíssimos dias, o Supremo Tribunal Federal, com a denúncia em mãos, anunciaria que ele é réu. Observe que nem chegamos ainda em setembro, período imediato ao recesso no Judiciário entre os dois semestres do ano.
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Levando em consideração o tempo entre o início da tramitação no STF das ações contra os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e o anúncio de suas sentenças, a média de três a quatro meses se tornou a métrica imaginada para o processo de Jair Bolsonaro.
Dessa forma, uma condenação pelo plenário do Supremo, que já o conduziria à prisão, por esse cronograma previsto pelos atores das investigações, ocorreria até o final de dezembro, antes do recesso de fim de ano.