As primeiras informações que vêm de Brasília não apontam para a decretação de uma prisão preventiva para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que nesta quinta-feira (25) se viu ainda mais enrascado com a Justiça após a revelação de um vídeo, pelo jornal norte-americano The New York Times, no qual o antigo ocupante do Palácio do Planalto se refugia por dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, num claro movimento para se livrar do alcance das autoridades brasileiras.
Por mais que a imensa maioria dos juristas considere a atitude como mais do que suficiente para justificar uma prisão preventiva, fontes da PF ouvidas pela Fórum e por outros veículos de comunicação dizem que a decisão dever ser mesmo pela colocação de uma tornozeleira eletrônica em Bolsonaro, para que ele seja monitorado 24 horas por dia.
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Para os ministros do STF, dizem essas fontes, que pedem anonimato, uma prisão preventiva neste momento poderia “ter repercussão” e “queimar a largada”, já que as primeiras condenações do ex-presidente já podem ser vistas no horizonte, o que aí sim resultará em cadeia.
Juristas e analistas políticos passar toda a tarde desta quarta frisando que a conduta de Bolsonaro de se instalar por dois dias na representação diplomática de um país cujo governante é seu amigo pessoal e também liderança de extrema direita (Viktor Orbán) apenas reforça que o ex-presidente procura uma saída para não ser punido judicialmente pelos crimes de que é acusado.