ABUSO DE PODER

VÍDEO - Ex-vereadora do PT presa em Guarulhos se pronuncia sobre o episódio

A ex-parlamentar acompanhava operação de reintegração de posse no Jardim das Oliveiras quando foi colocada no porta-malas da viatura

Fernanda Curti (PT-SP).Créditos: Reprodução /Redes Sociais
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Presa pela Polícia Militar em Guarulhos (SP) na manhã desta quinta-feira (14), a ex-vereadora Fernanda Curti (PT-SP) usou as redes sociais para se pronunciar sobre o episódio. Ela foi colocada no camburão de uma viatura enquanto negociava para evitar uma reintegração de posse no Jardim das Oliveiras, bairro do município aeroportuário da Grande São Paulo.

Em vídeos publicados em suas redes sociais, a ex-vereadora também mostrou momentos em que a PM ataca os moradores do Jardim das Oliveiras. Segundo a petista, crianças, idosos e famílias inteiras "estão sendo atacadas" pela PM do estado de São Paulo. Ao tentar negociar com os policiais, a ex-vereadora foi presa. Segundo informações divulgadas em suas redes sociais, ela teve o celular confiscado.

“Pessoal, hoje aconteceram muitas coisas sobre as quais quero conversar com vocês, mas o principal é que a reintegração de posse que estava prevista não aconteceu. As famílias que estavam para ser despejadas, que ficariam sem um teto para dormir e organizar suas vidas, vão ter mais um tempo dentro das suas casas sem que haja uma reintegração ilegal e injusta”, começou.

A seguir, Fernanda explica melhor a situação. Segundo seu pronunciamento, a ordem de reintegração de posse foi dada a pedido de um suposto proprietário do terreno que estaria explorando as famílias na venda das unidades habitacionais. Além disso, ela aponta uma série de irregularidades no suposto empreendimento.

“O que está acontecendo no Jardim das Oliveiras não é uma atividade criminosa por parte das famílias. Essas famílias estão sendo alvo de uma grande injustiça. E quem comete crimes e ilegalidades é o responsável da cooperativa que está vendendo um loteamento clandestino. Aquela área não está regularizada e portanto ele não poderia firmar nenhum contrato com essas famílias. E pior: está descumprindo um acordo feito em 2013 em que essas famílias se comprometeram a pagar, estão pagando, e ele suspendeu a emissão dos boletos para apresentar um contrato completamente abusivo numa região que não está regularizada, não tem asfalto, saneamento básico e nem calçada. Ele ele quer cobrar R$ 40 mil de entrada e mais 250 parcelas de R$ 1,4 mil. E se essa pessoa morrer, os filhos começam a dívida do zero. Isso é ilegal, é uma atividade criminosa”, relatou Fernanda Curti.

“Não vamos abrir mão de que essas famílias fiquem em suas casas. Acionamos o Ministério Público e recentemente o subprocurador do Estado nos atendeu. Já tomamos todas as medidas jurídicas, mas agora precisamos da organização e da sensibilidade da cidade para fazer pressão no prefeito, no MP e repelir essa atividade criminosa. Estou firme na luta e feliz por ter ajudado essas famílias”, finalizou.