As deputadas federais Sâmia Bomfim e Erika Hilton, ambas do PSOL em São Paulo, junto com a ativista Amanda Paschoal e a vereadora Luana Alves, acionaram a Justiça para impedir o uso do Theatro Municipal para homenagem a Michelle Bolsonaro, que deve acontecer no dia 25 de março.
Nesta quarta-feira (13), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, aceitou o pedido do vereador Rinaldi Digilio (União Brasil), autor do projeto que concede o título de cidadã paulistana a Michelle, aprovado em novembro de 2023.
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Normalmente, a cerimônia deste tipo de evento é feita na Câmara Municipal, como argumenta o pedido das parlamentares. No entanto, o vereador, junto ao presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), afirmaram que o espaço não comportaria o número de pessoas. O Theatro Municipal tem capacidade para 1.523 pessoas e o evento será fechado aos convidados.
No texto enviado por Hilton, ela afirma que a cessão do teatro tem "fins exclusivamente políticos, sem qualquer natureza artística e de formação cultural", por isso seria "incompatível com a natureza do espaço e da própria legislação brasileira". Além disso, afirma que o evento tem características "visivelmente políticas e eleitorais".
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“O evento proposto tem características visivelmente políticas e eleitorais, cujo objetivo é a promoção pessoal de uma figura, no caso Michelle Bolsonaro, que não possui qualquer vínculo com a administração pública, e a campanha antecipada, equipamento público, da pré-candidatura à reeleição do atual prefeito, Ricardo Nunes”, diz um trecho da ação.
As parlamentares também justificam que o evento terá altos custos para os cofres públicos de São Paulo. A estimativa feita com base na diária de cessão da a Sala de Espetáculos Theatro Municipal é de que o evento possa custar pelo menos 100 mil reais.
Ministério Público
A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) e o vereador Celso Giannazi (PSOL) também acionaram o Ministério Público e Ministério Público Eleitoral de São Paulo para barrar o evento.
"O Theatro Municipal não é lugar de politicagem! É um patrimônio público que pertence a todos nós e não deve ser usado para atividades eleitoreiras. O prefeito Ricardo Nunes, interessado no apoio de Bolsonaro nas eleições, será o único beneficiado com essa homenagem esdrúxula", afirmou Carlos Giannazi.