ELEIÇÕES 2024

Bolsonaro é pior padrinho político que Lula em São Paulo, diz Datafolha

63% não querem nem saber de um candidato apoiado pelo ex-presidente inelegível; Levantamento também avaliou Tarcísio de Freitas e Geraldo Alckmin

Lula e Bolsonaro.Créditos: Ricardo Stuckert (Flickr @LulaOficial) e José Dias (Flickr @palaciodoplanalto)
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A memória coletiva em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é nada boa na cidade de São Paulo, a maior do país. De acordo com pesquisa Datafolha publicada nesta terça-feira (12), 63% dos eleitores paulistanos não querem nem saber de votar em um candidato apoiado pelo inelegível.

Em outras palavras, Bolsonaro é pior padrinho político na capital paulista do que o presidente Lula (PT), cuja rejeição atinge 42% dos eleitores.

Segundo a pesquisa, Guilherme Boulos (Psol) tem Lula como padrinho e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta reeleição, tem Bolsonaro como aliado na ótica dos paulistanos. Ambos estão em empate técnico na liderança das pesquisas para as eleições municipais paulistanas. A principal expectativa é de que o pleito seja pautado pelo embate nacional entre petistas e bolsonaristas.

Em termos de aprovação, Bolsonaro também está atrás de Lula. Em relação ao ex-presidente, 17% dos entrevistados pela pesquisa alegaram “votar com certeza” em quem estiver apadrinhado por ele. Outros 19% disseram que talvez votem em candidatos indicados pelo bolsonarismo.

Já em relação a Lula 24% afirmaram votar “com certeza” em quem o petista indicar e outros 31% disseram “talvez votar” nos aliados do presidente.

Ainda foram avaliados os potenciais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidência da República. Enquanto Tarcísio se soma a Bolsonaro no apoio a Nunes, Alckmin é visto como padrinho da candidata Tabata Amaral (PSB), mas que pode apoiar Boulos num segundo turno.

Em relação a Tarcísio, 44% dos eleitores paulistanos dizem não votar de jeito nenhum no seu candidato. 17% dizem que votariam “com certeza” e o talvez ficou com 35% dos entrevistados.

Alckmin, por sua vez, tem os mesmos 44% de rejeição, seguido de 39% de eleitores que talvez votem em Tabata e 14% que votariam em qualquer indicação do ex-governador.

A pesquisa ouviu 1090 eleitores na capital paulista entre as últimas quinta (7) e sexta-feira (8). A margem de erro é de 3 pontos para mais ou menos.