Indicado por Lula para a vaga do desembargador Thiago Paiva dos Santos, cujo mandato no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) foi encerrado em 23 de janeiro, o advogado José Rodrigo Sade, que já fez a defesa de Deltan Dallagnol, curte a página "Fora Lula" e segue Jair Bolsonaro (PL) e páginas relacionadas ao clã no Instagram.
Sade foi escolhido por Lula em uma lista tríplice para compor a corte eleitoral paranaense que julgará dois processos de cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato em Curitiba.
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O advogado, sócio do escritório Demeterco Sade, foi nomeado juiz substituto da corte em 24 de janeiro de 2022 em decreto assinado por Bolsonaro e o então ministro da Justiça, Anderson Torres.
O escritório de Sade fez a defesa de Deltan Dallagnol em um processo de indenização por danos morais nas redes e se julgou impedido para atuar em processos do ex-procurador quando assumiu a vaga como substituto na corte.
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Em seu perfil no Instagram, que é fechado, Sade segue os perfis de Bolsonaro, Michelle e de todos os filhos do ex-presidente, além do Bolsonaro TV, conta criada por Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) para propagar ataques ao governo e discurso de ódio.
O novo desembargador, que deve ter seu nome oficializado no Diário Oficial da União nos próximos dias, também segue Lula, Janja e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Assim que Sade for oficializado na corte, o TRE-PR deve marcar o julgamento de Moro, provavelmente no dia 19 de fevereiro.
Segundo informações de Bela Megale, no jornal O Globo, até mesmo adversários fazem previsão de que o TRE deve absolver Moro - com placares de 5 a 2 ou 4 a 3.
A estratégia da defesa, no entanto, é adiar ao máximo o julgamente na corte estadual. Absolvido ou condenado, o caso deve ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na corte superior, a expectativa é de condenação, caso o processo vá a julgamento até julho, com Alexandre de Moraes na Presidência. A defesa de Moro prefere esperar a saída de Moraes da Presidência para ter chances de manter o mandato do senador.