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Julgamento de Sergio Moro é adiado e deve ocorrer em 19 de fevereiro

TRE-PR cancelou o início do julgamento que seria na próxima quinta-feira (8). Fonte da Fórum na Justiça do Paraná informa possível data

Créditos: Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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O julgamento o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) nas ações movidas pelo PL e o PT, que o acusam de prática de caixa 2 e de abuso de poder econômico durante o período da pré-campanha ao Senado, que estava marcado para a próxima quinta-feira (8), foi adiado. A presidência do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) confirmou a informação nesta tarde (1°). Os dois partidos pedem a cassação do mandato do ex-juiz da Lava Jato e a sua inelegibilidade por 8 anos.

Uma fonte da Justiça do Paraná ouvida pela reportagem da Fórum, no entanto, afirmou que tal procedimento não se tratou de uma manobra e garantiu que o julgamento deverá ocorrer menos de duas semanas depois, em 19 de fevereiro.

Saída da política, caso seja cassado

Advogado de Moro, Gustavo Bonini Guedes afirmou em entrevista à Folha que o ex-juiz pode deixar a política, caso o TRE-PR acompanhe o parecer do Ministério Público e determine o fim da atuação dele no Senado.

"Eu não acredito, mas, se o Moro for cassado, Moro sai da política, mas a política continua existindo. Outros adversários serão escolhidos para a batalha. Os inimigos se renovam", disse.

Na sequência, Guedes afirmou que "se o TSE cassar o Moro, nestas eleições municipais este precedente vai ser usado para cassar mais gente", já falando de um provável recurso, na última instância da Justiça Eleitoral.

Troca de juízes

O julgamento do processo de cassação de Moro também sofre de um imbróglio burocrático, já que o desembargador Thiago Paiva dos Santos encerrou seu mandato no dia 23. Os substitutos, José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior, também encerram os mandatos no próximo dia 27.

Cabe a Lula definir o substituto de Paixa dos Santos, que deve ser escolhido na lista tríplice indicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Sade e Aurichio, que deixaram a posição de substitutos, entrarão na lista, juntamente com a advogada Graciane Valle Lemos. A decisão deve acontecer no início de fevereiro.

Além disso, o mandato de Wellington Emanuel Coimbra de Moura como presidente da corte se encerra hoje. Ele será substituído por Sigurd Roberto Bengtsson.