Integrante do "Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado", o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL), comandou ataques sistêmicos contra integrantes da cúpula militar que se colocavam contra o golpe de Estado planejado pela organização criminosa.
Além de chamar o comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, de "cagão", por não aderir à quartelada, Braga Netto atacou o atual comandante do Exército, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, o general Tomás, e o então comandante da Força Aérea Brasileira, Carlos de Almeida Baptista Junior, que também se colocavam contra o golpe.
Te podría interesar
Em troca de mensagens pelo WhatsApp interceptadas pela Polícia Federal, Braga Netto classifica Baptista Júnior como "traidor da Pátria" por não aderir ao golpe e determina "sentar o pau" no Brigadeiro do Ar, distribuindo memes o comparando ao personagem Batista, do humorista Paulo Silvino.
"Honra a farda Baptista", diz o meme, que indaga: "Baptista comunista?". Em outra imagem, o militar da FAB é instado a não colocar "esta estrela na sua patente", com imagem de uma estrela com Lula dentro.
Te podría interesar
Em relação ao general Tomás Paiva, que assumiu o comando do Exército após o 8 de Janeiro, com a queda de Julio Cesar de Arruda, Braga Netto destila ódio e diz que o militar "é PT, desde criancinha".
Na mensagem, descrita pela PF, Braga Netto fala que o atual comandante do Exército "falou malo de todo ACE" - Alto Comando do Exército - e "mostrou que ele tem que estar contra tudo que está acontecendo, inclusive contra o Arruda".
"Nunca valeu nada. A ambição derrota o caráter dos fracos. Aliás, revela. Ele ainda meteu o pau no Paulo Sérgio [Nogueira, então ministro da Defesa e ex-comandante do Exército], disse el tem que ficar quieto", afirma.
Veja