Condenado a 8 anos de inelegibilidade e multa de R$ 212.820 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o general da reserva Walter Braga Netto se pronunciou sobre a decisão da corte nesta quarta-feira (1º) nas redes sociais, onde fez elogios a Jair Bolsonaro (PL), que o levou à política partidária e de quem foi candidato à vice em 2022.
"Foi uma honra e um privilégio ter participado do governo Jair Bolsonaro, como ministro e ter sido escolhido para ser candidato a vice-presidente na campanha presidencial de 2022. Bolsonaro resgatou o patriotismo do brasileiro e os valores da família", iniciou o militar em uma sequência de publicações na rede X, antigo Twitter.
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Sobre a condenação, Braga Netto disse apenas que "discordo da decisão e iremos utilizar, como sempre fizemos, de todos os meios judiciais e democráticos para provar e comprovar a lisura de nossas ações".
O general, que entrou para a reserva para participar do governo Bolsonaro após comandar o Gabinete de Intervenção Federal (GIF) de Michel Temer (MDB) na segurança pública do Rio, falou ainda de seu atual trabalho, como Secretário Nacional de Relações Institucionais do PL.
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"Tenho trabalhado diuturnamente, contribuindo com o fortalecimento das executivas estaduais e municipais, o projeto de ampliar o número de prefeitos e vereadores em 2024 e a disseminação dos valores que devem nortear as pessoas que acreditam na defesa de nossas liberdades, do direito à vida desde a sua concepção, da defesa da propriedade e dos valores conservadores".
Condenação
A condenação de Braga Netto veio junto com a de Bolsonaro, que outra vez foi tornado inelegível. O processo foi pelos atos golpistas e com propaganda eleitoral irregular realizados na cerimônia do 7 de Setembro do ano passado, quando o Brasil comemorou seu Bicentenário da Independência.
Por cometerem conduta proibida pela lei eleitoral, como utilizar bens públicos em sua campanha (ilegal), Bolsonaro terá que pagar uma multa de R$ 425.640 e Braga Netto R$ 212.820. O julgamento teve como resultado cinco votos a dois pela condenação, tendo os ministros Benedito Gonçalves, Floriano Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes decidido em desfavor da chapa, enquanto Raul Araújo e Nunes Marques divergiram.
A sentença colocou água na sopa de Braga Netto, que abertamente manobrava para viabilizar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro no próximo ano.