O general da reserva Walter Braga Netto (PL), que foi vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) derrotada por Lula (PT) em sua tentativa de se reeleger em 2022, foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está inelegível por oito anos. A sessão na Corte, presidida pelo ministro Alexandre de Moraes, que também é integrante do STF, foi realizada na noite desta terça-feira (31).
A condenação de Braga Netto veio junto com a de Bolsonaro, que outra vez foi tornado inelegível. O processo foi pelos atos golpistas e com propaganda eleitoral irregular realizados na cerimônia do 7 de Setembro do ano passado, quando o Brasil comemorou seu Bicentenário da Independência.
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Por cometerem conduta proibida pela lei eleitoral, como utilizar bens públicos em sua campanha (ilegal), Bolsonaro terá que pagar uma multa de R$ 425.640 e Braga Netto R$ 212.820. O julgamento teve como resultado cinco votos a dois pela condenação, tendo os ministros Benedito Gonçalves, Floriano Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes decidido em desfavor da chapa, enquanto Raul Araújo e Nunes Marques divergiram.
A sentença colocou água na sopa de Braga Netto, que abertamente manobrava para viabilizar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro no próximo ano. O militar, que deu declarações inequivocamente golpistas durante todo o mandato do ex-presidente de extrema direita, já tinha assumido a segurança pública do Rio durante a fracassada e rocambolesca Intervenção Federal de 2018, ocasião em que era chefe do Comando Militar do Leste (CML). Ele também foi ministro-chefe da Casa Civil e ministro da Defesa no caótico mandato de Bolsonaro no Palácio do Planalto.