O ex-ministro da Justiça Flávio Dino assumiu, esta semana, seu mandato de senador eleito pelo PSB do Maranhão nas eleições de 2022. Ele seguirá no cargo 22 de fevereiro, data para qual está marcada sua posse como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Neste curto período que ainda tem como senador, Dino não perdeu tempo e já apresentou dois projetos de lei: um que prevê premiação em dinheiro para "bons policiais" e outro que proíbe acampamentos próximos a quartéis e áreas militares.
O futuro ministro do STF tem também aproveitado este momento para fazer discursos na tribuna do Senado e, nesta quarta-feira (7), voltou a "dar aula" a um bolsonarista, tal como se habituou ao longo de 2023 nas comissões em que era insistentemente convocado pela oposição.
Desta vez, Dino, que já foi juiz federal e é professor de Direito, explicou ao senador Plínio Valério (PSDB-AM) que uma maior intervenção do legislativo no judiciário, tal como defendem os bolsonaristas, até mesmo com propostas de impeachment contra ministros do STF, está muito mais associada a países tidos como totalitários pela direita, como a China, enquanto a independência do judiciário com relação ao Congresso Nacional que ele defende está mais ligada à doutrina dos Estados Unidos.
"Paradoxalmente, eu estou mais próximo da democracia liberal que o senhor. Eu acho que, se o senhor fizer uma visita à China, vai gostar do modelo do Tribunal Supremo da China".
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