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"Vaquinha para mercenário": PF faz operação contra bolsonarista que ameaçou Lula

Identificado como André Luiz no X (antigo Twitter), homem propôs a realização de uma “vaquinha” para contratar um sniper e assassinar o presidente Lula ao comentar publicação de Nikolas Ferreira.

Computador e celular apreendido com bolsonarista que ameaçou Lula.Créditos: Divulgação / DPF
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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Eco para cumprir mandados de busca e apreensão na casa de um apoiador de Jair Bolsonaro que divulgou em suas redes sociais uma "vaquinha para contratar um mercenário" para assassinar Lula.

Os mandados foram cumpridos em Aracruz, no Espírito Santo. A PF apreendeu o celular e o computador do investigado, que admitiu as postagens nas redes sociais.

Identificado como André Luiz nas redes sociais, o homem apagou a publicação e chegou a pedir desculpas. 

Ele vai responder por ameaça e incitação ao crime contra o Presidente da República.

Relembre o caso

Em 26 de dezembro passado, o homem, identificado como André Luiz no X (antigo Twitter), propôs a realização de uma “vaquinha” para contratar um sniper e assassinar o presidente Lula durante a sua folga em uma praia controlada pelas Forças Armadas.

O comentário foi uma resposta a uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). "Precisamos fazer uma vaquinha para pagar um mercenário com um rifle de precisão", escreveu o homem. 

Então ministro interino da Justiça, Ricardo Cappelli, ao tomar conhecimento da grave ameaça ao presidente da República, revelou que determinou à Polícia Federal que investigue o caso.

"Estou encaminhando hoje à Polícia Federal uma determinação para que apure a ameaça feita ao presidente Lula nas redes sociais, fazendo alusão a 'rifle de precisão' e 'vaquinha para tal'. As redes sociais não são e não serão um terreno de incentivo a crimes contra as autoridades", declarou Ricardo.

Após a repercussão do caso, o usuário identificado como André Luiz admite que errou, mas debocha da decisão do Ministério da Justiça de investigá-lo. "Diante dos últimos ocorridos, podemos chegar a uma conclusão: eu errei? Sim! Eu contrataria um mercenário para eliminar um Presidente da República? Não, afinal, gastaria o dinheiro em outra coisa".