PIXULECO

Transparência Internacional associou Lula com corrupção em 32 tuites entre 2016 e 2019

ONG entrou na mira do STF por conluio com Operação Lava Jato; eles torceram por prisão de Lula em 2018

Elena Panfilova, diretora da Transparência Internacional, e "pixuleco" de LulaCréditos: Reprodução/Twitter/anticorruption
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Pelo menos em 32 ocasiões entre os anos de 2016 e 2019, a conta oficial da Transparência Internacional (@anticorruption) no Twitter fez tuítes negativos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De fotos com o pixuleco (acima) até incitação às manifestações pelo impeachment de Dilma, as manifestações da ONG se revelavam mais uma campanha contra o líder petista do que contra a corrupção.

Nos tuítes, a Transparência celebrava as manifestações pró-impeachment. "3,5 milhões de pessoas no #Brasil estão IRRITADAS. Revoltadas com a #corrupção. Bravos com #Lula. Bravos com #Dilma. É #horadajustiça", afirmava.

A maior parte das notícias eram condenações e acusações contra Lula. Os posts chegavam a marcar a estrela anticorrupção, Sergio Moro, nas postagens. "Ex-presidente do Brasil Lula condenado por @SergioMoroJuiz  sobre #corrupção. Ele supostamente recebeu US$ 1 milhão em subornos!", afirma.

As condenações e acusações celebradas pela Transparência Internacional foram todas anuladas porque foi comprovado que Sergio Moro era suspeito para julgar os casos contra Lula.

Investigação no STF

Na segunda-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli pediu para o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) investigar a Transparência Internacional por um suposto desvio de R$ 270 mi da Lava Jato à ONG.

Os membros da força-tarefa da Lava Jato em Brasília fizeram uma manobra para administrar os recursos do acordo de leniência da J&F, holding da gigante de alimentos JBS.

A operação contou com a ajuda da ONG Transparência Internacional, que chegou a receber os R$ 270 milhões, em uma manobra do conselheiro da organização e assessor informal da Lava Jato, Joaquim Falcão. O procurador-geral da República, Augusto Aras, detectou a manobra e bloqueou o repasse de recursos, mas o caso ainda será investigado.