BOLSONARO

Ato foi grande, mas efeito foi nulo; cedo ou tarde Bolsonaro será preso, dizem ministros

Ministros do STF avaliam de maneira predominante que há provas consistentes contra Jair Bolsonaro para embasar uma prisão

Manifestantes chegam na Avenida Paulista para ato.Créditos: Leandro Chemalle/Thenews2/Folhapress
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O ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi grande. Controvérsias a respeito da quantidade de pessoas à parte, tinha bastante gente e isso ninguém nega. O efeito prático disso com relação a um pedido de prisão do ex-presidente, no entanto, foi nulo.

Segundo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consultados pela coluna de Bela Megale, no Globo afirmaram que a “mensagem política” de Bolsonaro ficou evidente, mas nada mudará no rito jurídico das investigações que o atingem.

Ministros avaliam de maneira predominante que há provas consistentes contra Jair Bolsonaro para embasar uma prisão, especialmente no inquérito que apura a tentativa de um golpe de Estado.

A tendência, no entanto, é que o ex-presidente tenha amplo direito de defesa e só venha a ser preso após todos os recursos serem esgotados, no caso de uma condenação com trânsito em julgado.

A intenção maior da manifestação foi dar um recado ao STF de que Bolsonaro poderia se transformar num mártir. O efeito disso entre os ministros, como dito acima, foi nulo.

Bambam contra Popó

O próprio ministro Alexandre de Moraes mandou um recado bem claro nesta segunda-feira (26), durante a abertura do ano letivo na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP. Segundo ele, o Brasil não pode "baixar a guarda" e "dar uma de Bambam contra Popó" na defesa da democracia, pregando o fortalecimento das instituições.

“Esses três pilares [imprensa, eleições e Judiciário] resistiram no mundo todo, mas foram abalados. Nós não podemos nos enganar, não podemos baixar a guarda, não podemos dar uma de Bambam contra Popó -- que durou 36 segundos. Nós temos que ficar alertas e fortalecer a democracia, fortalecer as instituições.