FALOU, FOI?

Valdemar Costa Neto “abriu o bico” em depoimento à PF, informa colunista

Presidente do PL, ele chegou a ficar preso por um dia após a Operação Tempus Veritatis, no começo do mês. Ao contrário dos demais intimados, cacique político saiu falando

Créditos: GloboNews/Reprodução
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Num movimento claramente orquestrado, praticamente todos os investigados pela tentativa de golpe de Estado que fracassou durante o período eleitoral de 2022 e o início de 2023 ficaram calados diante das perguntas feitas pela Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (22), em depoimentos realizados simultaneamente para evitar combinações de versões. “Praticamente” porque um deles teria falado o que sabe, segundo a colunista Bela Megale, do diário carioca O Globo.

Trata-se de Valdemar Costa Neto, o cacique todo-poderoso e presidente nacional do Partido Liberal (PL), a sigla que atualmente abriga Jair Bolsonaro (PL) e seu séquito de celerados de extrema direita. Segundo a jornalista, o combinado, de fato, era para que todos adotassem a mesma posição e se mantivessem calados durante o interrogatório, mas Costa Neto teria agido diferente.

Até o momento não é possível saber o teor do depoimento do presidente do PL. Há pouco mais de uma semana, quando a Polícia Federal levou a cabo a Operação Tempus Veritatis, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Costa Neto acabou preso pela posse ilegal de uma arma de fogo e por conta de uma pepita de ouro sem origem lícita, retirada de um garimpo irregular, passando uma noite atrás das grades.

Não se sabe exatamente se o pernoite na cadeia teria influenciado a decisão do veterano cacique político de falar, ou se ele teria “cantado” para marcar posição e se afastar dos demais investigados e das hostes mais extremistas da legenda que preside.