Com a abertura do ano judiciário nesta quinta-feira (1º), o Supremo Tribunal Federal (STF) deve analisar, ainda em fevereiro, um pedido de prisão contra o deputado federal bolsonarista Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão (PL-SC). O relator será o ministro Dias Toffoli.
Tido como o "líder" dos caminhoneiros bolsonaristas e figura central em atos golpistas no ano de 2022, o parlamentar, que já foi preso uma vez, enfrenta acusações de violência doméstica feitas por sua ex-esposa, Jéssica Veiga.
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Em 2023, a Justiça de Santa Catarina concedeu uma série de medidas protetivas à mulher, em virtude das alegações de agressão física e ameaças proferidas por Zé Trovão. Entre essas medidas está a determinação de que o deputado bolsonarista deve manter uma distância mínima de 300 metros de sua ex-companheira e abster-se de qualquer forma de contato.
Zé Trovão, entretanto, teria descumprido a ordem judicial de não tentar contato com a ex-esposa. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a mulher "segue sendo vítima de violência psicológica e moral (difamação) pelo ex-companheiro”.
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O MP, então, entrou com pedido de prisão de Zé Trovão junto ao STF, já que o bolsonarista, na condição de deputado federal, possui foro privilegiado.
O parlamentar também é acusado de violência doméstica por outra ex-noiva, Ana Rosa Schuster, que acionou a Lei Maria da Penha. Zé trovão nega ambas as acusações.
Outra passagem pelo xadrez
Zé Trovão, que se tornou conhecido por liderar o movimento de caminhoneiros bolsonaristas, se elegeu para a Câmara dos Deputados em 2018 com mais de 70 mil votos.
Defensor de teses golpistas, ele é investigado no inquérito dos atos antidemocráticos e, em outubro de 2021, foi preso por descumprir ordens judiciais.
Antes de ser preso, Zé Trovão fugiu do país e ficou foragido por cerca de dois meses. Posteriormente, se apresentou à Polícia e depois foi liberado sob a condição de uso de tornozeleira eletrônica.