O deputado federal bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes (PL-SC), conhecido como Zé Trovão, ministrou nesta segunda-feira (21) uma palestra na Universidade da Região de Joinville (Univille), em Santa Catarina.
A atividade foi dirigida aos estudantes de Direito e, na ocasião, foi lançado o programa "Acadêmicos no Congresso", que visa estabelecer um tipo de parceria entre a universidade e o gabinete do deputado na Câmara para que os alunos e alunas possam "vivenciar a prática jurídica no âmbito legislativo". Vale lembrar que o bolsonarista, apesar de ministrar palestra com temas jurídicos, já foi preso e, atualmente, é obrigado a viver com uma tornozeleira eletrônica.
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Em vídeo divulgado pelo próprio Zé Trovão nas redes sociais, é possível ver que alguns poucos estudantes compareceram à palestra, ministrada em uma sala de aula.,
O fato que chamou mais a atenção na passagem do bolsonarista pela Univille, no entanto, foi uma "homenagem" feita pelos estudantes ao deputado federal. Em murais do campus, foram espalhados cartazes uma foto em que o parlamentar aparece cheirando carreiras de cocaína com pacotes de maconha ao lado.
"Pela família e os bons constumes", diz a legenda dos cartazes irônicos.
Confira
Zé Trovão e as drogas
No final do ano passado, prestes a tomar posse como deputado, Zé Trovão confirmou que é ele quem aparece em uma foto consumindo cocaína em uma mesa com pacotes de maconha.
Caminhoneiro bolsonarista e um dos principais articuladores de atos golpistas em 2022, Zé Trovão foi internado em dezembro daquele ano com um princípio de ataque cardíaco e, após a notícia vir à tona, a imagem que mostra o consumo de drogas viralizou nas redes sociais.
Em vídeo enviado ao site "O Município Joinville", Zé Trovão confirmou que é ele o homem da foto. “Essa foto é de 2017… 2018… É de uma fase da minha vida que eu não me orgulho nenhum um pouco e tento esquecer todos os dias”, declarou, dizendo ainda que já foi dependente químico e que hoje tem "orgulho" de ter vencido o "vício".
Golpista na Câmara
Zé Trovão, que se tornou conhecido por liderar o movimento de caminhoneiros bolsonaristas, se elegeu para a Câmara com mais de 70 mil votos.
Defensor de teses golpistas, ele é investigado no inquérito dos atos antidemocráticos e, em outubro de 2021, foi preso por descumprir ordens judiciais.
Antes de ser preso, Zé Trovão fugiu do país e ficou foragido por cerca de dois meses. Posteriormente, se apresentou à Polícia e depois foi liberado sob a condição de uso de tornozeleira eletrônica.