O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez uma encenação nesta semana durante discurso na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), em Buenos Aires pela libertação dos criminosos do 8 de Janeiro.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – indiciado pela Polícia Federal (PF) por tentativa de golpe de Estado entre outros crimes – pediu em portunhol canhestro que a Argentina de asilo aos foragidos da tentativa frustrada de golpe.
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“Então o que eu peço para o governo da Argentina é… para que, se possível, conceda, para essas pessoas, que não são terroristas, um direito que todos os criminosos do mundo têm… essas pessoas só querem liberdade, eles não são terroristas, por Deus!”, afirmou o parlamentar durante evento organizado pela extrema direita.
Cartaz com os criminosos
O deputado ainda exibiu um cartaz com fotos dos rostos de alguns manifestantes condenados durante a fala.
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“Eu já tinha visto cenas como essa no Irã e em outros países, mas nunca no Brasil. 1500 pessoas indo no mesmo dia para a prisão. Foi a primeira vez que vimos isso no Brasil”, afirmou ele sobre os criminosos.
Eduardo Bolsonaro também acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de “destruir famílias” com as prisões.
Veja o vídeo abaixo:
Foragidos na Argentina
A PF já identificou e pediu o retorno de 61 foragidos que pedem asilo na Argentina, segundo o diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal, Felipe Seixas
A justiça Argentina, por sua vez, já determinou a prisão de 59 pessoas.
A suspeita é que os investigados entraram, no país, escondidos em carros, após quebrarem as tornozeleiras eletrônicas que usavam.
“O protesto foi longe, mas essas pessoas receberam condenações de até 17 anos de prisão. Não estão sendo responsabilizadas por quebrar uma mesa ou um vidro. Vieram para a Argentina, mas o juiz Alexandre de Moraes está tentando pegá-los e já destruiu a vida dessas famílias. Eles pediram asilo e foi concedido um asilo provisório porque, para o permanente, falta um julgamento do CONARE (Comissão Nacional para os Refugiados), dependente do Ministério do Interior”, afirmou Eduardo Bolsonaro. No momento de sua encenação, ele citou os nomes e olhou para os ministros da Segurança, Patricia Bullrich, e da Defesa, Luis Petri, sentados no auditório.