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Marreco, Moro chama Lula de "pato manco" e surta com revitalização da indústria naval

Em artigo sem coesão e mal escrito, com o único objetivo de classificar Lula como "pato manco", Moro ainda delira ao usar o "boletim Focus", cunhado por 171 financistas, para apontar uma ilusória "deterioração econômica e institucional"

Sergio Moro participa de sessão do Senado em 20/12 por videoconferência após decretar férias antes do recesso.Créditos: Roque de Sá/Agência Senado
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Cada dia mais chafurdando no limbo político, o marreco Sergio Moro (União-PR) recorreu a seu discurso único, de atacar Lula, em seu "balanço" de 2024 e virou chacota nas redes ao criticar o projeto sancionado pelo presidente que destina cerca de R$ 1,6 bilhão para revitalização da indústria naval, que foi dilacerada pela Lava Jato.

Na última sexta-feira (27), Lula sancionou uma lei que garante uma renúncia fiscal de até R$ 1,6 bilhão para o setor naval produzir embarcações no Brasil voltadas ao setor de óleo e gás.

Com a medida, o governo vai incentivar a produção acelerada de navios-tanques para transporte do petróleo e de derivados produzidos especialmente pela Petrobras.

Em seus dois primeiros mandatos, Lula promoveu uma série de medidas que turbinou a produção de navios no país, resultando na criação de mais de 7 mil empresas vinculadas ao setor.

No entanto, a Lava Jato, capitaneada por Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Novo-PR), levou o setor à bancarrota, com a quebra de muitas empresas e a demissão de cerca de 300 mil trabalhadores - 60 mil empregos diretos na indústria naval e 240 mil na cadeia produtiva.

Para Moro, Lula é "megalomaníaco" ao revitalizar o setor depredado pelo lavajatismo. A crítica do senador foi justamente em defesa da farra das emendas, esquema criado no governo Jair Bolsonaro (PL) em conluio com o Centrão, que turbinou esquemas de corrupção nas bases eleitorais de parlamentares.

"Ora, as emendas representam apenas uma forma de direcionar recursos orçamentários a projetos de interesse público apontados pelos parlamentares. Se o espaço orçamentário delas é excessivo, trata-se de uma disputa sobre o emprego de verbas discricionárias entre o parlamento e o Executivo", escreve Moro em artigo no jornal paranaense Gazeta do Povo.

Em seguida, o ex-juiz, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ser parcial nas sentenças da Lava Jato, ataca a corte - onde Flávio Dino tenta destruir o chamado orçamento secreto -, critica a corte e traça um paralelo surreal com o projeto de Lula para a indústria naval.

"Causa estranheza, porém, que o mesmo rigor com que o STF tem visto as emendas parlamentares não seja adotado em relação ao Poder Executivo, cujas ações também estão sujeitas a iguais desvios. Ao contrário, o atual governo recebeu do STF uma carta branca inexplicável para violar a Lei das Estatais logo em seu início. Imagina-se ainda o que possa estar ocorrendo com projetos megalomaníacos como o de revitalização – mais uma vez – da indústria naval", afirma.

Em um artigo sem coesão e mal escrito, com o único objetivo de classificar Lula como "pato manco", Moro ainda delira ao usar dados do "boletim Focus", cunhado por 171 analistas do sistema financeiro, para apontar uma ilusória "deterioração econômica e institucional".

O Marreco, no entanto, não consegue argumentar sobre as previsões do mercado e chega a admitir que "o único dado positivo foi o crescimento do PIB maior do que o esperado, de 3,49% ante a previsão de 1,52% anterior". Ou seja, que os dados da economia real são o dobro das "previsões" eleitoreiras do "mercado".

 

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