O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, tem sido alvo de especulações sobre sua saída da pasta. Nos bastidores do Palácio do Planalto e dentro da própria Secom, fontes afirmam que a troca de comando é dada como certa. O clima interno na secretaria já reflete essa percepção, com colaboradores comentando que também deixarão a pasta após a eventual saída de Pimenta.
A situação ganhou força na última semana, impulsionada por uma nota publicada na imprensa afirmando que a mudança só não foi oficializada anteriormente devido a um problema médico enfrentado pelo presidente Lula, que teria adiado a decisão.
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No início do ano, conforme já publicado por esta coluna, o ministro havia sido sondado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência em substituição a Márcio Macêdo, convite que foi prontamente recusado por Pimenta.
Em conversa com a coluna, o ministro negou qualquer comunicado formal sobre sua saída e afirmou que segue trabalhando normalmente:
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“Eu estou trabalhando normal e não fui informado pelo presidente de que a rotina e o trabalho devem ser mudados.”
Questionado sobre os boatos que dão como certa sua saída da Secom, o ministro também respondeu:
“Estou sabendo por ti que está certo [a saída do ministro da pasta].”
Entre aliados de Lula, a insatisfação com a comunicação do governo é apontada como um dos motivos que sustentam as especulações. O próprio presidente já defendeu publicamente a necessidade de “correções” na área, o que acentuou a percepção de que mudanças seriam inevitáveis.
Fontes ligadas à Secom relataram à coluna que o clima interno é de incerteza. Alguns colaboradores afirmam que já se preparam para deixar a secretaria, prevendo que uma mudança no comando implicará uma reestruturação na equipe. A percepção é reforçada por informações que circulam no Planalto, onde a saída do ministro é tratada como uma decisão já consolidada.
Membros da executiva nacional do partido, inclusive fontes muito próximas ao presidente Lula, comentam que Paulo Pimenta deve permanecer no cargo apenas até janeiro. Nos bastidores, o nome mais cotado para substituí-lo é o do publicitário Sidônio Palmeira, responsável pelo marketing da campanha de Lula em 2022. Apesar disso, a possível indicação enfrenta entraves, como a necessidade de afastamento das atividades empresariais e o compromisso com a reeleição em 2026.
Até o momento, também não está definido para onde Paulo Pimenta irá, caso deixe a Secom. Entre as possibilidades, discute-se se ele assumiria outro cargo no governo, a liderança do governo na Câmara ou apenas retornaria ao seu mandato. O fato é que, a cada dia, torna-se mais difícil acreditar que Paulo Pimenta complete o próximo ano no comando da Secom.
Paulo Pimenta, por sua vez, segue negando qualquer sinalização formal de mudança e atribui o alvoroço às especulações da imprensa. Enquanto isso, o clima de incerteza na Secom e no Planalto continua, onde o clima preponderante é o de que as mudanças são uma questão de tempo.
