Nas últimas semanas, a direita e a extrema-direita bolsonarista alojada na Câmara dos Deputados têm se esforçado para devolver o Brasil à Idade Média.
O polo central dessa estratégia tem sido a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, hoje presidida pela deputada bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), que colocou para votação a "PEC do aborto", que proíbe o aborto legal, e aprovou, na quarta-feira (11), o retorno do voto impresso.
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Mas, não satisfeita, a direita descumpriu um acordo feito com o colegiado de líderes e apresentou, nesta quinta-feira (12), um "jabuti" na hora de votar a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O que aconteceu? Na hora da votação do novo texto do ECA, foi apresentada a proposta da castração química como uma emenda de plenário. Porém, a relatora do projeto, Delegada Katarina (PSD-ES), rejeitou a proposta, pois tal ação burlava o acordo feito entre líderes para a votação da matéria.
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Porém, o PL apresentou um destaque para votar a castração química e, juntamente com o novo texto do ECA, a proposta foi aprovada por 367 votos contra 85, com 14 abstenções. Agora, a matéria segue para o Senado, onde a castração química de pedófilos deve ser derrubada.
Nikolas Ferreira critica, mas elogia
Em seu afã de sempre atacar as políticas públicas desenvolvidas pelo governo federal, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que compõe o bolsonarismo, publicou um meme em suas redes para criticar a orientação de voto do governo Lula contra a castração química.
Porém, ao atacar o governo Lula por ter orientado o voto contra a castração química, o deputado acabou por reforçar, justamente, os valores que levaram o presidente Lula (PT) a derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro no pleito nacional de 2022.
Como de costume, Nikolas Ferreira virou chacota nas redes.