O grupo Prerrogativas, formado por advogados e juristas, entregou documentos no Peru que apontam irregularidades nas investigações locais semelhantes às da Lava Jato no Brasil.
"São os mesmos vícios e irregularidades", afirmou Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, ao comentar as semelhanças nas investigações entre os dois países.
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Em entrevista no Peru, o ex-ministro José Eduardo Cardozo afirmou que as investigações sobre Ollanta Humala não tiveram a profundidade e imparcialidade necessárias.
Os advogados brasileiros participaram de um debate sobre direito penal e a influência da Lava Jato brasileira nas investigações peruanas.
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Ollanta Humala, ex-presidente do Peru, é investigado por suposto uso de caixa dois em campanhas eleitorais, com fundos enviados pela Odebrecht.
Entre os documentos entregues está uma carta de Antonio Palocci negando qualquer envolvimento com Humala e a campanha presidencial peruana. O ex-ministro da Fazenda declara nunca ter solicitado ajuda financeira para Humala, nem ter discutido esse tema com Marcelo Odebrecht.
O grupo também entregou arquivos da Operação Spoofing, que revelou mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro (Vaza Jato).
"Elementos tornados públicos por meio da Vaza Jato dão conta que as mesmas ilegalidades perpetradas pelas autoridades brasileiras na condução da Operação Lava Jato foram igualmente praticadas no Peru", continua Carvalho.
"Dentre outras ilegalidades, os procuradores da República membros da força-tarefa da Lava Jato, capitaneados por Deltan Dallagnol, se valiam de informações ilicitamente obtidas com o procurador suíço Stefan Lenz para dar base às suas investigações e pedidos de medidas cautelares – como prisões temporárias e preventivas", completou.