Conforme adiantado pela Fórum, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o intuito de poupar a área social, vem estudando outras áreas para promover cortes no âmbito do ajuste fiscal e, assim, equilibrar as contas do governo em 2025.
Desde a última semana, Lula realiza uma série de reuniões com ministros para discutir medidas que buscam cortar do governo para cumprir o arcabouço fiscal. Embora ainda existam ajustes a serem feitos antes da apresentação oficial do pacote, o presidente já teria definido que não haverá desvinculação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo, nem cortes em benefícios sociais.
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A desvinculação do BPC do salário mínimo e a redução dos recursos destinados a áreas essenciais, como saúde, educação e aposentadorias, são demandas do mercado financeiro. Lula, no entanto, tem reiterado a interlocutores que não cederá a essas pressões e, por isso, busca outras áreas onde os cortes possam ser realizados.
Em entrevista à RedeTV! no último domingo (10), Lula sugeriu que o Congresso Nacional e o empresariado "contribuam" com o ajuste fiscal, abrindo mão de emendas e subsídios do governo.
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Uma outra área que está nos planos de Lula para promover cortes é a dos militares. Nesta segunda-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o presidente solicitou a inclusão de mais um ministério nos planos de cortes de gastos. Contudo, Haddad não especificou qual seria essa pasta.
A revelação veio nesta quarta-feira (13): trata-se do Ministério da Defesa. Lula convocou para esta tarde uma reunião com o titular da pasta, ministro José Múcio. Além disso, os comandantes das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) foram chamados para uma reunião com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan.
Fontes do Palácio do Planalto dão conta de que Lula estaria planejando promover cortes no regime de previdência dos militares. Uma das alternativas do governo é mexer nas pensões elevadas concedidas a oficiais aposentados e seus familiares. A expectativa é que, após as reuniões, seja apresentada uma proposta consentida tanto por Lula quanto pelo comando das Forças para que os militares contribuam com o ajuste fiscal.
Mourão dá chilique
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que é general da reserva, atacou, através de suas redes sociais, a proposta do governo Lula de realizar cortes nas pensões dos militares brasileiros, como parte do ajuste fiscal necessário para o ano de 2025.
Os ministérios da Fazenda e do Planejamento têm tentado encontrar soluções para realizar cortes em diferentes pastas a fim de adequar os gastos do governo ao chamado arcabouço fiscal.
Uma das alternativas do governo é fazer cortes na área militar, incluindo nas pensões elevadas concedidas a oficiais aposentados e seus familiares.
O general Mourão não gostou da notícia e aproveitou para criticar a política de valorização do salário mínimo, implementada como lei pelo governo federal.
"O governo Lula estoura ainda mais as contas da Previdência Social ao conceder aumento real para o salário mínimo, que não é mínimo. Agora resolve atacar o Sistema de Proteção Social dos militares, querendo apresentá-lo como o vilão dessa história", disse o bolsonarista no X.