RELIGIÃO E POLÍTICA

Malafaia, Universal e Assembleia de Deus flopam nas eleições do Rio de Janeiro

Principais denominações evangélicas não conseguem o resultado esperado no pleito da capital fluminense. Destaque para o fracasso de Silas Malafaia

Malafaia fracassa em eleger seu representante na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.Créditos: YouTube/Reprodução
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Uma surpresa nas eleições para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro: candidatos apoiados por influentes denominações evangélicas, como a Assembleia de Deus e a Igreja Universal do Reino de Deus, não atingiram os resultados esperados. O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), falhou terrivelmente na tentativa de eleger seu candidato, enquanto a Universal também viu sua principal aposta ficar de fora da disputa.

Apesar de manter a proximidade ao prefeito Eduardo Paes (PSD), Malafaia concentrou seus esforços na candidatura de Waguinho Cantor (PL) para vereador. Silas sempre manteve a mesma estratégia no Rio (e tenta estender seus tentáculos para outros estados): “Nas últimas três ou quatro eleições para prefeito no Rio, sempre me dedico a eleger vereador. Não apoio nenhum candidato." No entanto, com apenas 9.523 votos, Waguinho ficou na quarta suplência do PL, frustrando os planos de Malafaia para conquistar uma vaga na Câmara.

É bom destacar que essa sempre foi a tática utilizada pelo empresário da fé, dono da ADVEC, ter seus braços nos espaços legislativos, onde possa comandar sem ser  “vidraça”, ou seja, elege seus “testas-de-ferro” e fica ao longe, comandando. Se der problema, não é com ele. Malandro esse Malafaia.

A Igreja Universal do Reino de Deus, por sua vez, conseguiu reeleger dois de seus vereadores: Tânia Bastos e Inaldo Silva, ambos pelo Republicanos, com o apoio da máquina municipal. Entretanto, a grande aposta da igreja, Deangeles Percy, ex-coordenador do grupo Arimateia no Rio, não obteve sucesso. Mesmo com 17.802 votos, Percy ficou apenas na primeira suplência do PSD.

Outro revés significativo foi o de Eliseu Kessler (MDB), vinculado à Assembleia de Deus de Madureira. Buscando a reeleição, ele obteve apenas 6.175 votos e não conseguiu manter sua cadeira.

O resultado das urnas representa uma decepção para as grandes denominações evangélicas, que não conseguiram transferir votos suficientes para seus candidatos. Com isso, a influência dessas lideranças religiosas na Câmara Municipal fica abaixo do esperado.

Graças a Deus!