Longe do Rio de Janeiro, onde seu candidato Alexandre Ramagem (PL) sofreu uma derrota acachapante no primeiro turno, Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o apoio velado a Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo ao acompanhar o candidato do PL em Goiânia (GO), Fred Rodrigues (PL), ao votar neste domingo (27).
Bolsonaro ainda se pronunciou pela primeira vez sobre investigação por corrupção contra o deputado Gustavo Gayer (PL-Go), que estava a seu lado.
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O ex-presidente voltou a atacar Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ao falar sobre o suposto esquema de desvio de cota parlamentar por Gayer, investigado pela Polícia Federal.
"Uma precipitação. Só tem em cima da direita, na esquerda não tem nada. Mas não está colando mais esse tipo de ação. E caiu para variar com o mesmo ministro do Supremo. É sempre ele, sempre o mesmo", disse Bolsonaro.
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Em seguida, Bolsonaro foi indagado sobre o apoio velado a Marçal no primeiro turno em São Paulo, onde obteve a vice, com o cornel Mello Araújo (PL), para apoiar a chapa encabeçada por Ricardo Nunes (MDB).
Por medo de perder seguidores nas redes sociais, o ex-presidente ficou calado no primeiro turno, o que foi entendido como apoio a Marçal, que causou um racha na horda mais extremista de apoiadores de Bolsonaro.
"Que racha? Dizem que Pablo Marçal teria rachado a direita. Já caiu a máscara. Não tem racha. A direita em grande parte são pessoas conscientes, sabe o que está em jogo", disse, chutando cachorro morto após temer perder a hegemonia para o ex-coach.
Em seguida, Bolsonaro deu a entender foi Marçal quem teria induzido eleitores a acreditarem que tinha seu apoio.
"Porque ele explodiu? Há três meses aproximadamente - ou quatro -, eu tive uma conversa com ele de uma hora com ele, sozinhos. Já tinha me decidido que era o Nunes, com um vice meu, o coronel Mello Araújo, da Rota. E ele saiu dali, eu tinha dado uma medalha para ele, inclusive, de '3 is'. Ele mostrou a medalha e aquilo era a prova que eu tinha fechado com ele e estava contra o Nunes. Poucos minutos e a imprensa repercutiu isso ai, no Brasil todo. Ai teve que desfazer. Não era um apoio", disse Bolsonaro, saindo pela tangente.
Veja vídeo divulgado pela Folha de S.Paulo