Fiel escudeiro de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi abandonado pelo ex-presidente e pela ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ao ser alvo de um mandado de busca e apreensão em investigação sobre um suposto esquema de corrupção com cota parlamentar.
Gayer, que deu chilique na chegada dos agentes da Polícia Federal (PF) em sua casa, é investigado por ser líder de uma organização criminosa que falsificava documentos para a criação de uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) fraudulenta que, segundo a investigação, pagava o aluguel de seus negócios pessoais, uma escola de inglês e uma loja de camisetas, em Goiânia (GO), com dinheiro público, da cota parlamentar.
Te podría interesar
Segundo os agentes da PF, o bolsonarista é a “peça central” da organização criminosa que desviava dinheiro da cota parlamentar e falsificava documentos com o objetivo de criar uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) fraudulenta.
Após a ação da PF, o bolsonarista foi às redes sociais chorar e dizer que a polícia bateu à sua porta às 6h. “Não falam o porquê que tô sofrendo busca e apreensão, claramente querendo prejudicar meu candidato Fred Rodrigues (PL-GO) aqui em Goiânia. Esses policiais viraram jagunços de um ditador”, reclamou em um vídeo divulgado em seu perfil no X, referindo-se a Alexandre de Moraes. “Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD, essa democracia relativa está custando caro para o nosso país.”
Te podría interesar
Abandono
No entanto, a ação da PF contra Gayer foi completamente ignorada por Jair Bolsonaro e pela ex-primeira-dama, Michelle, que esteve em Goiânia ao lado do deputado no dia anterior.
Assim como o ex-presidente, Michelle ignorou a ação da PF contra o deputado, mesmo tendo publicado fotos ao lado dele horas antes.
Ao lado de Damares Alves (Republicanos), a ex-primeira-dama participou de um ato ao lado de Gayer em apoio ao candidato bolsonarista na capital goiana na quinta-feira (24).
Showzinho na PF
Segundo a coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles, Gayer resolveu gritar as típicas “bolsonarices” para os agentes da PF que cumpriam mandado de busca e apreensão.
Primeiro ele bradou que aquilo era “uma vergonha” por parte da Polícia Federal, dizendo na sequência que instituição teria se tornado uma “Gestapo” do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
No entanto, os policiais não deixaram por menos e repreenderam o parlamentar de extrema direita, exigindo que ele agisse com respeito, o que o fez baixar o tom.