O deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil), candidato derrotado à Prefeitura de Curitiba, ficando em quarto lugar, com 6,5% dos votos válidos, teve Rosângela Moro (União Brasil) como sua vice.
Ele afirmou em entrevista à Folha nesta terça-feira (15) que a entrada do casal em sua campanha "não deu liga" e contribuiu para o resultado nas urnas.
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"Moro atrapalhou bastante. Não que seja culpa dele o fato de eu não ter vencido, mas ele atrapalhou bastante. E ele é ruim de lidar, de difícil trato, vaidoso", afirmou.
"Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro", disse ainda.
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Dallagnol em outra canoa
Além disso, outro expoente do lavajatismo na cidade, o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) apoiou um adversário, Eduardo Pimentel (PSD), que foi para o segundo turno com Cristina Graeml (PMB).
Leprevost firmou que ele e Moro já não estavam mais se falando na reta final da campanha:
"Ele queria ficar saindo na propaganda de televisão. Mas eu só tinha 1 minuto e 12 segundos de televisão. Não podia ficar colocando ele o tempo todo. E ele ficou bravo e largou a campanha no final", contou.
Fantoche
"A partir do momento que ela virou minha vice, o Moro passou a achar que eu era um fantoche dele, para ficar fazendo a pré-campanha dele de governador. E eu era um candidato para competir de verdade. Aí começou a ter um estresse. Ele começou a plantar por aí que ele estava sendo boicotado na campanha”, encerrou.