O principal responsável pelos transtornos causados a partir do temporal que assolou São Paulo na última sexta-feira (11), e se estendeu por vários problemas, entre eles milhares de pessoas sem luz, tem nome e endereço: Ricardo Nunes (MDB) e atende no Vale do Anhangabaú, no prédio da Prefeitura de São Paulo.
O cálculo é simples. A queda de árvores foi um dos principais fatores que levou ao apagão, que jogou na escuridão milhares de paulistanos durantes dias seguidos. Segundo dados da própria Prefeitura, através do seu canal oficial de atendimento, o 156, a cidade tem uma fila de 1,9 mil pedidos de podas ou remoções de árvores pendentes. Para ser bem claro, pedidos que não foram atendidos. Os dados são todos do primeiro semestre deste ano.
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Mais uma vez é a própria gestão de Nunes, sempre zelosa em registrar a própria incompetência, desde a noite de sexta-feira (11) foram registradas 386 ocorrências de queda de árvores e galhos.
Apenas 40% das remoções foram resolvidas até esta segunda-feira (14), mais uma vez segundo a própria Prefeitura.
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Veja abaixo os bairros com maior número de solicitações de poda ou remoção de árvores pendentes. A maioria deles estão localizados principalmente na periferia:
- Itaquera: 572
- Pirituba: 476
- Cidade Líder: 416
- Perdizes: 400
- Lapa: 394
- Vila Curuçá: 379
- São Domingos: 347
- Jardim São Luis: 342
- Jaraguá: 337
- Itaim Paulista: 331
Transferência de responsabilidades
Nunes tentou se explicar nesta segunda-feira (14). Segundo ele, 6.000 ordens de serviço estão paradas na cidade por dependerem da Enel para fazer a poda ou a remoção de árvores.
"Quando você tem eventos de aproximadamente 100 km/h, independente da questão de poda ou não, essa árvore está suscetível a queda ou qualquer outro equipamento [...] quando essa árvore está em contato com a energia elétrica, é necessário fazer o desligamento da energia para fazer aquele trabalho", disse.
O fato, no entanto, é que há 13,9 mil pedidos de poda de árvores pendentes em toda a capital. Posto isto, a gestão de Nunes não conseguiu exlicar ao g1 a razão pela qual as outras 7,9 mil solicitações não foram atendidas até agora.
"O trabalho de zeladoria continua na cidade e já são, até início de outubro deste ano, 132.809 árvores retiradas e podadas (incluindo sábado, domingo e feriados). A Prefeitura ainda aguarda o desligamento de energia por parte da Enel para promover ação de podas em 75 árvores na cidade", disse a prefeitura.