O candidato bolsonarista Bruno Engler (PL), que enfrenta o atual prefeito Fuad Noman (PSD) no segundo turno das eleições em Belo Horizonte, tem sido alvo de críticas por sua atuação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Entre as principais reclamações estão suas frequentes ausências e a baixa produção legislativa.
Em 2023, Engler esteve ausente em 55,14% das sessões plenárias da ALMG, de acordo com o Diário do Legislativo. Entre as sessões que o deputado faltou, destacam-se discussões importantes, como a do programa de prevenção ao câncer de intestino e a do combate à violência doméstica, realizadas em 21 de fevereiro.
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No dia 19 de março, Engler também não compareceu à sessão que analisou o veto do governador Romeu Zema (Novo) à proposta de proteção ao consumidor contra contratações abusivas. O histórico de faltas de Engler se estende ao longo de seus dois mandatos, com uma média de 47% de ausências entre 2019 e setembro de 2024.
Além das faltas no plenário, o deputado também é membro das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Direitos Humanos da ALMG, onde o regimento permite até cinco ausências consecutivas ou dez alternadas. Engler, porém, acumulou oito faltas na CCJ e 13 na Comissão de Direitos Humanos, excedendo o limite permitido.
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Baixa atividade parlamentar
A atuação legislativa de Engler também é alvo de críticas. Na atual legislatura, que começou em 2023, ele apresentou apenas seis projetos de lei, o que o coloca na 65ª posição entre os 77 deputados estaduais de Minas Gerais. Nos últimos seis anos, Engler apresentou 74 projetos, dos quais apenas oito foram aprovados.
Os poucos projetos propostos por Engler tratam de temas como a redução de direitos de pessoas privadas de liberdade, a valorização de artes marciais e restrições para ocupantes de prédios públicos. Mesmo com essa baixa produtividade, os deputados estaduais de Minas Gerais recebem salários superiores a R$ 33 mil mensais.
Alinhado ao governo de Romeu Zema, Engler se absteve de votar em questões cruciais, como o reajuste de 300% no salário do governador e a Reforma Administrativa, que alterou a fiscalização e o licenciamento ambiental no estado. Ele também apoiou o polêmico projeto de lei 2.803/2021, que concede benefícios fiscais a locadoras de veículos, beneficiando diretamente empresas como a Localiza, cujos sócios são doadores da campanha de Zema.
*Com informações de Brasil de Fato